A necessidade de as mulheres apostarem seriamente no ramo da Ciência e Tecnologia, para o desenvolvimento e o crescimento económico do país, foi defendido esse Domingo, pelo director do Gabinete da Educação no Cunene, Domingos de Oliveira
Falando à ANGOP, por ocasião do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, a comemorado a 11 de Fevereiro, Domingos de Oliveira, disse que é essencial melhorar o espaço académico da mulher para que possa ter mais visibilidade.
Lembrou que o envolvimento feminino na ciência, tecnologia, engenharia, matemática, química e física, traz benefícios na carreira de cientista e possibilita avanços em vários domínios, desde a saúde, energia e outros na sociedade.
Para tal, disse que é necessária uma longa jornada académica, que começa com o curso de graduação e a contínua actualização de conhecimentos, e as mulheres já demonstraram a capacidade para estes desafios.
O responsável reconheceu que são inúmeras as mulheres que a nível mundial se destacam com trajectórias académicas e profissionais brilhantes dentro da ciência.
“É preciso incentivar e encorajar as meninas a seguirem a carreira para termos mais mulheres envolvidas na ciência em tempos como estes ainda mais desafiadores”, afirmou.
Domingos de Oliveira disse que a educação em Angola, enquanto um sistema, tem muitas limitações de laboratórios e espaços de ensaios, mas aos poucos o Executivo está a investir na construção das próprias instituições.
Durante grande parte da história ocidental, as mulheres foram afastadas dos espaços de produção científica por questões culturais ou até mesmo por leis que impediam o ingresso delas em instituições de ensino.
Porém, diversas mulheres lutaram contra essas exclusões e marcaram presença nas Ciências Exactas, na Medicina, na Filosofia e nas Ciências Sociais, ontradizendo teorias que pregavam dificuldades especificamente femininas para se dedicar aos estudos e às actividades intelectuais.
Mulheres que se destacaram na ciência
A física e química polaca Marie Curie (1867-1934) descobriu os elementos químicos Rádio e Polónio, dando um contribuito à ciência.
Na altura, ganhou dois prémios Nobel, um de Física e outro de Química, sendo a única pessoa a conseguir ganhar dois prémios científicos de tal instituição.
A matemática estadunidense Katherine Johnson (1918-2020) foi responsável por calcular a trajectória da missão Apollo 11.
Ela escreveu diversos artigos que ajudaram na corrida espacial, promovida pelo país, sendo que foi a primeira mulher negra a ter a autoria reconhecida pela Nasa.
A virologista e bióloga molecular Flossie Wong-Staal (1947- 2020) foi a pioneira nos estudos do vírus HIV. Fez parte do grupo que identificou o vírus como causador da AIDS em 1983 e, em 1985, foi a primeira pesquisadora a clonar o HIV e gerar um mapa genético completo dele.
O Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado anualmente em 11 de Fevereiro, é uma iniciativa lançada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura pela (UNESCO) em 2015.
A efeméride tem como objectivo fortalecer o compromisso global com a igualdade de direitos entre homens e mulheres, principalmente do ponto de vista da educação.