A Polícia Nacional em Benguela registou, no primeiro dia de 2023, duas ofensas corporais que resultaram em homicídio, nos municípios do Lobito e da Ganda, segundo o porta-voz do comando provincial, Ernesto Tchiwale, quando procedia o balanço. Apesar desses incidentes, o responsável caracteriza o dia como tendo sido calmo, se comparado ao período homólogo (2022)
O primeiro homicídio, ocorrido no município do Lobito, foi fruto de desentendimento entre dois amigos em que um deles matou o outro à facada. O agressor e a vítima estariam a conviver, no calor das festividades do dia 1 de Janeiro, quando, de repente, começou a pancada entre ambos, tendo o agressor, de 24 anos, puxado uma arma branca (faca) e desferido um golpe na zona torácica da vítima, de 20 anos, que teve morte imediata. Em relação ao segundo caso, na Ganda, o porta-voz refere que o agressor teria pegado em um objecto contundente (barrote) com o qual desferiu vários golpes na cabeça da vítima, um senhor de 50 anos.
Ao que se seguiu a agressão ao acusado, na perspectiva de represália, pela acção praticada e, neste momento, encontra-se a receber cuidados médicos em uma das unidades sanitárias de Benguela. “Ele está na condição de detido e existem outras diligências que estão a ser desenvolvidas por conta dos sujeitos que praticaram a justiça por mãos próprias ao suposto homicida”, realçou.
Apesar desses dois incidentes, que, em certa medida, enlutaram duas famílias na província, a passagem de ano e, por conseguinte, o dia 1 de Janeiro foi caracterizado pela Polícia Nacional como tendo sido bastante tranquila. “E gostamos da forma como a população se portou. E é com esta convicção que nós vamos caminhar neste ano 2023, no que tange às implementação de acções policiais no sentido de garantir a ordem e a tranquilidade pública”, disse Ernesto Tchiwale, sem avançar em que medida, do ponto de vista numérico, este ano se diferencia do anterior.
De acordo com o também director do gabinete de comunicação institucional do comando responsável pela segurança dos benguelenses, todos os promotores de festas de réveillon e não só que proporcionaram espectáculos pirotécnicos foram devidamente inspeccionados, não tendo havido nenhum fora do controlo policial. Entretanto, caso tiver havido alguém que agiu à margem do orientado, uma vez estarem ainda a ser compilados inerentes à passagem de ano, a PN promete responsabilizar severamente.
“Controlo há dos lançamentos de fogo-de-artifício. A grande questão é que as transições de cada são momentos únicos de euforia e de muita alegria e o que se precisa é de disciplina e de muita orientação. Poderemos, no tempo futuro, se calhar trazer os dados já com números”, conclui.