Os dois irmãos, cidadãos de nacionalidade angolana, para além da máquina de falsificar, foram encontrados com quantias avultadas em cédulas, de Kwanza e de Dólar falsas.
Segundo José Pinto, 58 anos, um dos acusados, a mala que carregavam lhes foi entregue por um cidadão sul-africano e tanto ele quanto o seu irmão “informaram à Polícia”, porque desconfiavam que fosse de drogas ou armas. “Nós fomos buscar a encomenda com a Polícia e levamos a pasta na esquadra.
Quando abrimos encontramos isso e viemos cá parar”, disse. O cidadão, que falava durante a apresentação dos detidos acusados de estarem implicados em vários crimes, algemado com o seu irmão mais novo, disse que ninguém sabia de nada. “O chefe de investigação da Polícia de Capolo é que abriu a pasta, na nossa presença, e encontramos um milhão de Kwanzas e três mil dólares falsos”, conta.
O irmão, Jeremia da Silva, também contou a mesma história, desmentindo o facto de que falsificavam dinheiro e que tinham como objectivo pôr em circulação aquela soma de dinheiro. O cidadão sulafricano, que nunca viram na vida, pediu que o ajudassem a levar a pasta, do Cunene a Luanda, no carro de Jeremias. Desde então, suspeitou da pasta e por isso é que o angolano contactou a Polícia. “Denunciei à Polícia e na Terçafeira fomos buscar a mala, com o meu irmão, e o sul-africano fugiu”, acrescentou.