A especialista em nutrição para os doentes com insuficiência renal, Marinela Tito Júnior, citou algumas frutas, verduras, peixe e carne como alimentos que os pacientes com essa doença não devem mesmo consumir.
Entre o leque desses produtos alimentares, a nutricionista destaca a banana, o maracujá e o abacate; quase todos alimentos em folhas, a sardinha, o carapau e o cachucho, além da carne de animais domésticos e selvagens, vulgarmente conhecidos como carne de caça. Marinela Tito Júnior, que fez questão de anunciar a existência de dois grupos de doentes com insuficiência renal, esclareceu que, apesar de os renais crónicos terem ainda metade do rim em funcionamento deficiente, não estão livres das limitações de dieta.
Os considerados doentes renais com falência total, que dependem de máquinas para ajudá-los a reduzir o nível de intoxicação no sangue, requerem um cuidado mais redobrado, soube O PAÍS da entrevistada, que se referiu à consequente necessidade de esses doentes fazerem a diálise durante quatro horas do dia e três vezes por semana. Embora tenha reconhecido que o trabalho efectuado pelas máquinas não substitui o que os órgãos do corpo humano podiam realizar, assegurou que minimizam alguns riscos que podiam agravar ainda mais a condição dos pacientes.
Relativamente às quantidades de potássio e fósforo na alimentação que citou, Marinela Tito Júnior falou de algumas medidas que podem contribuir para uma redução significativa dessas substâncias químicas. “Existem técnicas para reduzir a quantidade de potássio e fósforo nas verduras, nos peixes e nas carnes que passam por deixá-los de molho, em água normal, além de fervura.
As frutas podem ser cortadas aos bocados e deixá-las em água ou ao ar livre, durante algum tempo, explicou a especialista”, tendo, entretanto, sublinhado que, pela realidade do nosso país, constitui um risco recomendar aos pacientes com insuficiência renal ou familiares a procederem desse jeito. Marinela Tito Júnior aconselha que a favor dos renais crónicos ou com falência total do rim, haja um programa de confecção de alimentos individualizado. “Pois o alto teor de potássio nos alimentos aumenta a tendência para a subida da tensão”, realçou a técnica de saúde.
O consumo de álcool foi outro problema apontado pela especialista em nutrição apara os doentes renais, que o classifica como o que mais prejudica entre os da causa. Questionada sobre o que o paciente pode comer sem qualquer receio de agravamento do seu estado, ela falou dos alimentos ricos em cabo- hidratos, maçã, pera e ananás”, exemplificou Marinela Tito Júnior. “Ainda assim, precisamos aconselhar aos pacientes e seus famílias a consumirem-nos em poucas quantidades”.
Dificuldades em ingerir alimentos
Uma das situações admitidas, rapidamente, pela médica é a de que os doentes renais tendem a ter um peso diminuto e, consequentemente, uma queda considerável dos seus corpos, ao ponto de terem uma figura bastante emagrecida. Por conta disso, as capacidades nas funções tidas como de necessidades fundamentais da vida também se tornam fracas, tal como acontece com o processo de deglutir os alimentos. “Daí que é recomendável que a esses pacientes se dê mais comidas líquidas, como sopas, caldos, chás e outros que sejam compostos por produtos com algum nível adequado.