No passado dia 20 de Fevereiro de 2018, quatro embarcações foram detidas no município da Baía Farta, por praticarem pesca em áreas não autorizadas por lei. Na manhã de ontem, Quarta-feira, o pescado capturado foi doado, pela Direcção Provincial das Pescas, a 5 instituições sociais
Por: Zuleide de Carvalho em Benguela
Há 9 dias, quatro embarcações semi-industriais pertencentes a uma empresa chinesa foram detidas pela polícia de guarda fronteira de Benguela, por estarem a pescar em zonas proibidas, na Baía Farta. Feitos os trabalhos burocráticos associados à detenção, o departamento de fiscalização das pescas averiguou que o peso total do peixe capturado, após tratamento, corresponde a 800 quilogramas.
Numa actividade de campo muito diferente das suas habituais, o responsável pela fiscalização piscatória, Anjo da Costa, acompanhou ontem a doação do peixe capturado ilegalmente, dando-se assim um “final feliz” a uma situação ilícita. Escolhidas pela direcção provincial das pescas, foram ofertadas, a 5 instituições sociais, caixas com pescado congelado diverso.
O Hospital Geral de Benguela recebeu 80 Kg para aprovisionar o refeitório, um benefício para os pacientes internados. Segundo o administrador da maior unidade sanitária provincial, José Correia, este acto filantrópico irá enriquecer e dar variedade ao menu servido, representa “uma mais-valia” pois, para “o hospital, toda a mão (solidária) é bem-vinda.”
As entidades alvo de caridade cingem-se ao município de Benguela, sendo elas o centro infantil Okukula, que recebeu 6 caixas de pescado, bem como o lar da terceira idade que recebeu 5 caixas. Uma creche local arrecadou 6 caixas e, um centro de acolhimento infantil ao cuidado de freiras colheu igualmente 6 caixas de piscícolas congelados. Uma vez que sobrou peixe, outras instituições poderão ser beneficiadas.
Quanto aos quatro barcos semi- industriais “BOYANG”, detidos por pesca ilegal, foram restituídos à empresa proprietária anteontem, dia 27, uma semana após apreensão. Agora, a alçada legal da infracção cometida foi passada ao Ministério das Pescas, cabendo à ministra Vitória de Barros Neto decidir que sentença dar ao caso e que coima atribuir à empresa.