A Diocese do Cuito/Bié, afecta à Igreja Católica, celebrou esse Domingo 114 anos de existência, focada na conclusão das obras da “Paróquia de São Lourenço”, seu templo principal, destruído durante o conflito armado pós-eleitoral de 1992.
Desde então, as missas são realizadas no salão paroquial.
Em Julho último, o Ministério das Obras Públicas, Urbanismos e Habitação transferiu a responsabilidade da empreitada para o governo desta província, já com 62 por cento do grau de execução física.
Em declarações à ANGOP, no final da missa solene que marcou as celebrações da efeméride, o vice-governador para os serviços técnicos e infra-estruturas do Bié, Edgar Marcelino Hilário, disse que, para o efeito, são precisos aproximadamente USD 1.2 milhão para a conclusão das obras.
Assegurou ainda para este ano o início do processo de avaliação completa da empreitada, de modo a aferir as condições técnicas e, posteriormente, o reinício da mesma.
A paróquia tem capacidade para mais de 5 mil fiéis.
As obras encontram-se paralisadas há mais de 10 anos.
Por isso, o actual pároco de São Lourenço (Sé Catedral), Jorge Faustino, defendeu celeridade do processo de avaliação, que marcará o recomeço dos trabalhos, olhando para o conforto da comunidade que ali reza.
Este ano, as festas dos 114 anos da paróquia celebraram-se sob o lema “Minha paróquia, meu lar”.
Breve historial da paróquia São Lourenço Reza a história que a paróquia de São Lourenço foi canonicamente criada em 1909, durante o pontificado do Papa Pio X, numa altura que era bispo de quase toda a região centro-Sul e Leste de Angola, Dom Daniel Gomes Junqueira.
Foi elevada à categoria de paróquia da Sé Catedral da Diocese de Silva Porto, hoje Cuito/Bié, há 04 de Setembro de 1940, tendo como primeiro bispo, Dom António Ildefonso dos Santos Silva.
Depois da Independência de Angola, passaram os párocos Agostinho Sondjamba (1976-1979), Paulino Sambungo (1979-1986), João Félix (1986-1992), Guilherme Salussasse (1992-1993), Luís Paquissi (1994-1996).
Dirigiram ainda a paróquia São Lourenço, os padres Eugénio Catombela (1996-2003), Tomé Tchipilica (2003 a 2008), Artur Handa Savita (2008-2012), e Fernando Gomes Tchimo que ficou de 2012 a 2021. Actualmente esta paróquia conta com 14 mil 827 fiéis.