São dez o total de municípios que compõem a província de Malanje que, nesta altura, não têm acesso à energia e água, de acordo com informações avançadas pelo governador provincial, Marcos Alexandre Nhunga, que reportava a situação social da província ao Presidente da República, João Lourenço
O governante apresentou esta preocupação no decurso da Reunião de Governação Local dirigida pela chefe de Estado, naquela província, durante a qual explicou que a rede de distribuição de energia e o abastecimento de água figuram entre as prioridades na ordem de trabalho.
“Nós temos, a nível da província, dez municípios que não têm energia da rede, Mas também temos estado alinhado com o ministro da Energia e já temos soluções para poder resolver estas situações desses municípios”, garantiu.
As partes de Malanje que não têm acesso à energia da rede pública, nomeou, são os municípios de Cahongo, Cunda-dia-Base, Marimba, Massango, Kiwaba Nzoji, Quela, Cambundi Catembo, Quirima, Luquembo, Mucari, onde, além da energia, falta igualmente o fornecimento de água potável.
“A mesma situação refere-se à questão da água. Temos dez municípios com esses problemas. Mas, no alinhamento que temos com o ministro de Energia e Água, também já no próximo mês deu-nos a garantia de que vamos iniciar com três sistemas”, referiu.
Estradas: 400 quilómetros por construir A melhoria da rede viária, através da asfaltagem de 400 quilómetros de estrada entre a sede da província e as sedes municipais, faz parte das contas de Marcos Nhunga que disse ter recebido esta certeza por parte do Executivo, no sentido de se pôr fim ao estado de inacessibilidade de zonas como o município de Marimba.
Por isso, expressou a satisfação do povo pelo facto da aprovação dos mais de 400 quilómetros de estrada, uma vez que, nesta altura, o Governo local está alinhado com o Ministério das Obras Públicas com o qual definiu o cronograma de trabalho, que indica para a finalização do projecto até 2025.
Além disso, o governador de Malanje avançou que existem obras de terraplanagem das sedes municipais para as comunas, no âmbito do Programa Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), que se encontram paralisadas, mas com inquestionável necessidade de serem recuperadas.
“Entendemos que o desenvolvimento de qualquer jurisdição territorial depende muito mais das estradas, eletrificação e água.
E, se conseguirmos resolver a terraplanagem das sedes municipais para as comunas, principalmente no município sede, Massango e Marimba irá facilitar”, adiantou.
Carências no Hospital Provincial
A maior preocupação de Malanje, a nível da Saúde, está relacionada com o Hospital Regional, que, sendo a única unidade de maior dimensão na província, ainda regista insuficiências no banco de urgência, o refetório, os laboratórios.
“É a única unidade hospitalar de maior dimensão a nível da província e tem carências, principalmente no tocante ao banco de urgência, o refeitório e os laboratórios”, informou, pedindo ao Executivo “que se dê alguma celeridade na resolução desse problema de Saúde” A sua petição foi justificada com o facto de, na ausência de Centros de Saúde funcionais a nível dos bairros, toda população dirigir-se ao Hospital Provincial, onde se tem registado muita enchente.
No entanto, referiu ainda que uma equipa do Ministério da Saúde concluiu que as obras de melhorias do hospital, paralisadas há mais de sete anos, não tem possibilidade de avançar pela quantidade de espessuras que apresenta.
Por outro lado, no que diz respeito às unidades de nível primário, o governador frisou que, no quadro do PIIM, foram executadas várias obras relativas, no sentido de garantir a disponibilidade de mais centros, mas a inquietação passa pela falta de equipamentos, em alguns casos, e de técnicos, em outros.