Um cidadão de 48 anos de idade, que trabalhava como supervisor numa empresa de segurança, foi detido sob a acusação de ter furtado seis armas de fogo e comercializado, ao preço de 80 mil kwanzas cada uma, a um outro supervisor
O Serviço de investigação Criminal em Luanda desenvolveu várias acções operativas que culminaram na detenção de três cidadãos, que foram apresentado ontem, 21 de Fevereiro, no Comando Municipal de Talatona.
Os três cidadãos nacionais, com idades compreendidas entre 27 e 48 anos, vêm implicados nos crimes de associação criminosa, furto de armas de fogo, fabrico, tráfico, detenção e alteração de armas e munições proibidas, ameaças de morte e roubo qualificado.
Segundo o porta-voz do SICLuanda, Fernando Carvalho, dentre os detidos se destaca um cidadão nacional de 48 anos de idade, envolvido nos crimes de furto de armas de fogo, fabrico, tráfico, detenção e alteração de armas e munições proibidas.
O acusado aproveitou-se do facto de ser supervisor de uma empresa de segurança privada, furtou de forma continuada seis armas de fogo do tipo “AKM” e comercializou-as ao supervisor de uma outra empresa com o mesmo fim laboral, no valor de 80.000.00 kwanzas cada uma.
“O proprietário da empresa lesada fez-se ao local e mostrou-se bastante triste com a situação, sendo que, o implicado merecia da sua confiança e da sua família. Fez a denúncia e o SIC deu procedimento.
De seguida, viu as armas furtadas a si restituídas”, disse. Numa outra acção, o SIC deteve dois cidadãos nacionais de 27 e 29 anos de idade, implicados nos crimes de associação criminosa, ameaças de morte, roubo qualificado de viaturas e artigos diversos em residências.
Os acusados recebiam informações de um dos seus comparsas (em fuga), que sinalizava as residências que aparentassem estar bem apetrechadas, localizadas nos distritos urbanos do Benfica e Patriota, em que os proprietários fossem detentores de viaturas top de gama e, a posterior, concentravam-se no município de Viana, Km 9, onde arquitectavam as suas acções.
“Tudo combinado, partiam para os distritos referenciados, preferencialmente à madrugada, escalavam os muros das residências e, por meio de arrombamento de portas e janelas, introduziam-se nestas, sob fortes ameaças de morte, e subtraíam artigos de valor”, sustentou.
Dentre os artigos escolhidos pelos marginais estão TV plasmas, computadores portáteis, telemóveis, jóias em ouro, roupas, quadros decorativos, colunas de som, play station, perucas, perfumes, garrafas de whisky, botijas de gás butano e valores monetários em kwanzas e euros.
Para o transporte dos bens roubados, usavam as viaturas das vítimas e ao darem destino aos bens roubados, as mesmas eram abandonadas no município de Viana, no bairro Boa Fé ou Mulenvos.
Outrossim, os marginais tinham como alvos preferenciais residências de cidadãos com cargos de destaque no aparelho do Estado.
“Desta acção, os operacionais apreenderam das mãos dos marginais vários electrodomésticos, bijuterias, perfumes, garrafas de bebidas alcoólicas, malas, cachimbo e espelhos”, sublinhou.
Vários lesados neste caso fizeram-se ao local e contaram, de modo detalhado, como vivenciaram os momentos de agonia protagonizados por esta associação, aquando dos assaltos.