O Comando Municipal da polícia Nacional no Lubango procedeu à detenção, na madrugada deste Domingo, de uma cidadã, que desempenhava a função de caixa no Instituto Superior politécnico Independente, acusada de ter subtraído de forma fraudulenta mais de 85 milões de Kwanzas
Doroteia do Rosário Alves de Sá foi detida na madruga- da de ontem durante uma operação desencadeada pelos efectivos do Comando Municipal da Polícia Nacional no Lubango, que visiva a fiscalização dos condutores que circulavam na capital huilana. De acordo com o segundo Comandante do Comando Municipal da Polícia Nacional no Lubango, Inspector-chefe Lucas Jacinto, inicialmente a cidadã foi detida por ter testado positivo no teste de alcoolémia, durante a operação bafómetro.
A Polícia apercebeu-se que estava na presença de uma cidadã que está foragida da justiça há quase 10 meses, depois de recolherem os dados identificativos de Doroteia. “Ela foi interpelada no âmbito do patrulhamento de prevenção criminal e rodoviário, na avenida Paiva Domingos da Silva, concretamente nas imediações da Ango-Himu. Testou positivo para o álcool, o que originou a sua detenção.
Postos no piquete descobriu-se que o Ministério Público tinha emitido um mandado de captura pelo seu envolvimento num crime financeiro”, explicou. Segundo o mandado de captura emitido pela Procuradoria- Geral da República e assinado pela Procuradora da República junto do Serviço de Investigação Criminal (SIC) na província da Huíla, Cândida Ester Mangundo Amaro, pesam sobre Doroteia do Rosário Alves de Sá os crimes de abuso de confiança qualificado, infidelidade e Associação Criminosa.
Doroteia do Rosário Alves de Sá era procurada pelos órgãos de justiça pela prática dos crimes em referência desde 30 de Maio do de 2023, data em que foi emitido o mandado que apenas ontem foi executado, três meses antes de ter sido descoberto o desfalque na instituição. Dos factos O Instituto Superior Politécnico Independente apercebeu- se do desfalque de que era vítima em Fevereiro do ano passado, altura em que a detida, Doroteia do Rosário de Sá, era funcionária daquela instituição de ensino, ocupando a categoria de caixa.
Fontes próximas ao processo junto da referida instituição contam que a mesma terá usa- doo sistema de pagamento de propinas do instituto cujas contas bancárias foram abertas em seu nome. Para cometer os crimes de que vem acusada, segundo a nossa fonte, Doroteia do Rosário de Sá contou com a participação de dois colegas seus, que se encontram em fuga, contra os quais foram emitidos também manda- dos de detenção, nomeadamente Maura da Conceição Gomes Italiano, Márcio Amândio Lisboa e Manuel Morais dos Santos Garcia.
A fonte acrescentou que, com esta acção, o Instituto Superior Politécnico Independente foi prejudicado na ordem de 85.000.000,00 (oitenta e cinco milhões de Kwanzas) valor que pode vir a aumentar, depois da conclusão de todo o processo investigativo deste caso que nos remota a 2020. Entretanto, OPAIS contactou, via telefónica, a advogada de defesa de Doroteia do Rosário de Sá, Carina Nunes, esta não quis prestar qualquer informação relativa à detenção da sua constituinte, tendo prometido fazê-lo nos próximos tempos.
POR: João Katombela, na Huíla