Dezassete milhões 965 mil e 876 metros quadrados de terra foram clarificados na província do Bié, pelas operadoras de desminagens, durante o ano de 2022
Em 2021, foram desminados apenas perto de 941 mil metros quadrados. Segundo um documento da Agência Nacional de Acção contra Minas, a que a ANGOP teve acesso, ontem, os trabalhos incidiram nos municípios do Cuito, Cunhinga, Catabola, Camacupa, Chinguar e Cuemba.
Durante o período em referência foram removidas e destruídas 66 minas anti-pessoais, 28 minas anti-tanques, 714 engenhos explosivos não detonados, bem como 5 mil e 93 munições de pequenos calibres.
Quanto aos acidentes, foram registados sete, que causaram seis vítimas mortais e oito feridos. Cuemba teve o maior número de acidentes, com dois, enquanto Cuito, Cunhinga, Andulo, Chitembo e Camacupa registaram um cada qual.
Participaram neste processo o Instituto Nacional de Desminagem (INAD), Forças Armadas Angolanas (Brigada C da IV Divisão), 4ª e 6ª Brigadas de Desminagem da Casa de Segurança do Presidente da República e a Organizações Não Governamental Britânica The HALO Trust.
No âmbito da educação, os especialistas do INAD e da Halo Trust realizaram palestras de sensibilização e prevenção sobre os perigos que as minas e outros engenhos explosivos representam, em que foram alvos 32 mil 567 alunos dos nove municípios da província.
O documento recomenda que os populares evitem a recolha, venda e compra de material ferroso, estanho ou desconhecido, mais diálogo entre adultos e crianças.
Solicita, igualmente, às administrações municipais, comunicação social, autoridades tradicionais, igrejas e outros parceiros a continuarem a disseminar as mensagens sobre os perigos das minas e outros engenhos explosivos, para se evitar acidentes.