Os recursos naturais disponíveis no município do Cuvango, na província da Huíla, desde terras aráveis, rios permanentes, florestas e minerais carecem de maior interesse e investimento, para que o seu uso se reflicta na vida das comunidades, defendeu o seu administrador, Luís Marcelo.
O município dispõe de perto de 300 mil hectares que podem ser desmatados e explorados. A Administração Municipal tem, actualmente, o registo de 65 a 70 mil hectares de antigas fazendas que estão subaproveitados.
Falando, nessa Segunda-feira, num encontro com fazendeiros e autoridades tradicionais, o administrador do Cuvango, sublinhou que o município “sente”, cada vez mais, a necessidade de maior exploração desses recursos, com vista a criar mais oportunidades de emprego e resolver os problemas das pessoas, o que só será possível com novos investimentos.
“O nosso município dispõe de potencialidades naturais, desde solos aráveis, rios permanentes e uma população trabalhadora, pressupostos determinantes para o alcance do progresso sustentável que se pretende, contudo é necessário foco e explorar melhor os recursos, para que sintamos o retorno nas nossas vidas”, frisou.
O Cuvango é “banhado” por mais de 290 quilómetros dos cursos dos rios Cubango e Cutato, atravessando as comunas sede, Galangue e Vicungo. Nos últimos três anos foram concedidos a investidores mais de 15 mil hectares, mas esses terrenos ainda não estão a produzir.
Actualmente, dois “grandes” projectos se destacam no município, designadamente o Agrikuvango, iniciado em 2016, com a produção de grãos, instalado em 5 mil hectares, onde se colhe, anualmente, à volta de 10 mil toneladas, assim como a Mumba (50 mil hectares), que desde 2015, também produz cereais, mas destinados à proteína vegetal para animais, já que o seu foco é o gado. O Cuvango dista 356 quilómetros a Leste do Lubango e tem uma população estimada em 103 mil e 262 habitantes, que vivem, sobretudo, da agricultura e da pesca.