A cidade do Cuito, Capital da província do Bié, precisa actualmente de pelo menos quarenta novos autocarros públicos, para facilitar a mobilidade urbana e estender as rotas para as comunas da Chicala e Cambândua, que não dispõem destes serviços.
O director municipal dos Transportes, Tráfego e Mobilidade Urbana do Cuito, Zeferino Cândido Tomás, falando no quadro da implementação do projecto “Unidos pela Educação”, disse que, actualmente, esta cidade dispõe de 90 autocarros públicos, o que não chega para transportar os citadinos, fundamentalmente professores e alunos, para as suas áreas de jurisdição.
Com perto de 600 mil habitantes, o Cuito apresenta um grande défice, fundamentalmente com as rotas que ligam a sede municipal com as comunas da Chicala e Cambândua, que distam a 62 e 50 quilómetros, respectivamente da sede capital.
Por outras, Zeferino Cândido Tomás disse ser necessária uma rápida intervenção em alguns troços do município, que se encontram degradados há muito tempo, no sentido de facilitar as operadoras a circular sem sobressalto.
Exemplificou o troço que liga a sede ao bairro São José, onde não há transporte público nem tão pouco táxis particulares, muito por causa do mau estado da estrada.
“Existe nesse bairro muitas escolas, os alunos e professores encontram nas motorizadas o único meio de transporte como opção”, realçou Zeferino Cândido Tomás, alertando que a situação se agrava no tempo de chuva.
Nesta conformidade, disse que a Administração Municipal do Cuito prevê, a curto e médio prazo, abrir novas rotas de transporte para as localidades do Trumba, Cuquema e bairro das 500 casas.
O último lote de autocarros públicos entregues aos operadores no Bié aconteceu em Fevereiro deste ano, num total de 13 viaturas.
Entre as empresas selecionadas estão a Barbassoma, com seis, Tchissola, com três, Transfanico e Carolelo, com dois cada.
As mesmas vão reembolsar um valor de 58 milhões 354 mil e 933 kwanzas por cada autocarro, no prazo de 10 anos.