Segundo o maquinista Nélson Cordeiro, o comboio saía esta tarde com destino ao Luau, província do Moxico, para carregar “big bags” de minério de cobre provenientes da República Democrática do Congo. O profissional explicou, em declarações à Angop, que o comboio saía da Estação Principal, respeitando a velocidade estabelecida e buzinou em curtos intervalos de tempo para despertar os transeuntes e automobilistas que circulavam naquele perímetro.
“O acidente aconteceu na passagem de nível junto à Escola Militar de Aeronáutica, no Bairro da Luz, por negligência do motorista da viatura que resolveu seguir em frente, ignorando a proximidade do comboio”, afirmou. Segundo testemunhas no local, o motorista da viatura saiu com ferimentos ligeiros, porque viajava sozinho e o embate aconteceu no lado do passageiro.
Entretanto, equipas da Polícia Nacional do Instituto Nacional de Emergências Médicas (INEMA) e do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros apareceram imediatamente no local para intervenção. Um dos responsáveis do Lobito Atlantic Railway contou que o comboio esteve parado durante três horas, atrasando uma viagem de dois dias, devido à paragem nas últimas três províncias do Corredor do Lobito, nomeadamente, Huambo, Bié e Moxico.
“Tivemos de pedir autorização à Polícia Nacional para recuar o comboio, para permitir a passagem de veículos que estavam parados há várias horas”, afirmou. A viatura foi retirada da linha férrea algumas horas depois, após perícia dos especialistas, com o auxílio de um veículo pronto-socorro. Questionado sobre a frequência do transporte dos minérios, disse que o consórcio tem realizado uma viagem semanal para recolha desta matéria-prima na RDC.