Já foram registados 739 casos dos quais 13 óbitos, de epidemia de cólera a nível da província Uíge, desde o início do surto a 21 de Dezembro de 2017.
A melhoria do abastecimento de água potável e do saneamento básico nos bairros com maior incidência de casos de cólera afigura-se urgente para se estancar a propagação da doença, advogou, na cidade do Uíge, o Secretário de Estado da Saúde, José Cunha. Em declarações à imprensa, no final da sua visita de algumas horas à província do Uíge, na Sexta-feira, o responsável disse ser preocupante a situação nos bairros Papelão, Mbemba Ngango e Candombe Velho, onde a população ainda consome água das cacimbas fruto do fraco abastecimento de água potável e do saneamento básico deficiente.
José Cunha, segundo a Angop, explicou que a sua visita serviu para avaliar a realidade da epidemia de cólera que já leva 739 casos registados com 13 óbitos ao nível da província, desde o início do surto a 21 de Dezembro de 2017. Reconheceu que, apesar dos esforços dos profissionais de Saúde pública e dos demais sectores envolvidos, torna-se necessário a introdução de instrumentos de fiscalização e controlo para a melhoria da situação. Quanto à malária, assegurou que se está a fazer um acompanhamento meticuloso dos casos para que nos próximos meses não haja aumento dos mesmos.
Assegurou existirem fármacos necessários para o combate à malária, deplorando apenas os mecanismos de controlo e sua distribuição. Apelou à necessidade do cumprimento rigoroso das medidas transmitidas para se inverter o quadro encontrado na região. José da Cunha encabeçou uma delegação interministerial que visitou o depósito de medicamentos e os bairros afectados como Candombe Velho, Papelão e Mbemba Ngango, para avaliar o impacto das acções e medidas implementadas no combate à doença. Integraram a delegação, representantes dos Ministérios da Energia e Águas, Ambiente, Educação, Administração do Território, Ensino Superior e do Desenvolvimento Tecnológico e Inovação.