A venda dos sacos de plástico não é para um fim propriamente lucrativo, pois está relacionada ao processo de reeducação dos clientes, no sentido de fazerem o uso racional dos seus sacos.
Razão pela qual, nos sacos que vendem, tem a descrição “reutiliza-me”, disse Maria Francisco, funcionária do super- mercado Arreiou, situado na rotunda do Camama.
“Os sacos plásticos actualmente têm sido um dos maiores índices de poluição no planeta”, detalhou, salientando ser este um dos factores que levou a sua empresa a abraçar a causa de preservação do ambiente.
Neste momento, o saco é comercializado no valor de 10 kwanzas, dinheiro que está a ser um pouco difícil de aparecer. Uma medida que tem estado a surtir efeito.
A título de exemplo, disse, o cliente caso queira comprar pão de 1.000 kwanzas, só de pensar que vai ser descontado 10 kwanzas pelo saco e reduzir a quantidade de pães, alguns preferem reutilizar os seus sacos. “Já estamos a reeducar as pessoas”, salientou.
No seu ponto de vista, a medida serve também para ajudar as pessoas a olharem mais pela preservação do ambiente, visto que os problemas não têm afectado somente os seres humanos, também os animais.
“Os peixes têm sido uma das maiores vítimas, quanto ao problema de poluição no planeta. E, se não se tomarem medidas agora, o problema vai continuar a se estender até às futuras gerações”, frisou.
Maria Francisco contou que há um ano, quando tomaram a decisão de vender os sacos plásticos, receberam muitas reclamações em grande escala por parte dos clientes, mas, actualmente, reduziu e alguns já entenderam o propósito do programa, que se trata de um bem maior para todos.
Por outro lado, apela aos clientes que encarem mal os responsáveis da sua empresa, uma vez que a meta é simplesmente contribuir para a preservação do planeta, visto que a terra tem de ser bem cuidada, porque, caso contrário, todos serão prejudicados de forma directa ou indirectamente.
Angry Lion usa caixa de papelão e papel
Márcio José, gerente administrativo da loja Angry Lion, situado no Palanca, disse que a sua empresa serve frango com batata frita em recipientes feitos de papelão e papel, no sentido de contribuir para a preservação do ambiente.
Os sacos de plástico usam simplesmente para os clientes que pretendem levar os produtos para casa. “As caixas de papelão, papel, sacos e outros produtos, na sua maioria, são provenientes da África do Sul”, rematou.