Helga Schmid defendeu que não é por manter a Rússia na organização que todos os membros concordam com as suas acções A secretária-geral da OSCE, Helga Schmid, disse que “faz sentido” manter a Rússia na organização, de forma a assegurar a continuidade dos canais diplomáticos com o Kremlin.
“Um dia, vamos precisar de meios de conversação novamente.
E a OSCE é a única organização de segurança na qual todos os elementos importantes para a arquitectura de segurança europeia se sentam à mesma mesa”, disse Schmid à televisão alemã Welt.
A OSCE (Organização para Segurança e Cooperação na Europa) não tem um mecanismo de suspensão para excluir a Rússia, explicou a sua secretária geral, pois “não é uma organização de pessoas com ideias semelhantes, como a UE ou a NATO”.
Ainda assim, Schmid recordou que manter a Rússia na OSCE não significa que todos os seus membros concordam com as acções do Kremlin. Para justificar o seu argumento, a secretária-geral referiu que a Polónia, que presidiu a OSCE em 2022, colocou a invasão russa da Ucrânia na agenda de todas as sessões.
Recentemente, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, pediu à OSCE que expulsasse a Rússia, considerando a sua participação “uma ameaça à segurança e cooperação na Europa”.