Um total de 178 trabalhadores da Empresa Fabril de Calçados e Uniformes (EFCU) desmaiaram, ontem, após inalação de um produto tóxico ainda não identificado, obrigando a que fossem socorridos numa unidade hospitalar próxima. Os desmaios aconteceram tão logo a empresa foi aberta, segundo os trabalhadores, com um quadro caracterizado por irritação na garganta e ardor nas narinas. Sem saberem o que estava a provocar tal situação, o pânico se instalou com a “queda-livre” de vários colegas.
As vítimas foram transferidas para o Hospital dos Cajueiros, no município do Cazenga, por volta das 9h30, com o quadro de dispneia, falta de ar, vómitos e dor no estômago, bem como estado alto de ansiedade. Todos foram assistidos e estavam fora de perigo. As desconfianças recaem para o produto químico usado para a desinfestação, no último Sábado, segundo a direcção da empresa, citada pela TPA. A empresa faz a desinfestação trimestralmente, que consiste na desratização e fumigação, e não é a primeira vez, pelo que acham estranho o que aconteceu. O Serviço de Investigação Criminal e os Bombeiros já se fizeram presentes no local para apurar a real causa dos desmaios.
Outrossim, a fábrica Textang II fez circular um comunicado, por conta das informações postas a circular de que os desmaios eram nesta fábrica, a esclarecer esta situação. No comunica- do, a fábrica têxtil Textang II, do grupo ALCAAL Angola, confirma que o infortúnio ocorreu na EFCU – Empresa Fabril de Calçados e Uniformes e não na Textang II, como se propaga. “Reforçamos que não temos ligação alguma com os desmaios e lamentamos o ocorrido. Todos os nossos colaboradores são treina- dos e orientados para atenderem a qualquer situação imprevisível que possa vir a ocorrer dentro da nossa fábrica e prezamos pela segurança de todos”, lê-se no documento.