Com excepção do curso de inglês, os outros praticados no referido estabelecimento de formação profissional estão disponíveis para acolher candidatos com mais tempo no período de férias lectivas.
POR: Alberto Bambi
A directora do Centro Comunitário da Juventude do bairro Bonde Chapé, vulgarmente conhecido por Fubú, município de Talatona, em Luanda, assegurou que a instituição dirigida por si está a levar a cabo um processo de consolidação do plano de féria, projectado a pensar no público estudantil, que só dispõe de tempo, depois de terminado o ano escolar.
“Apesar da falta de apoio, a nossa organização começa a tornar- se num verdadeiro veículo de mudança de atitude e comportamento dos jovens do bairro e não só, ao mesmo tempo que os dota de capacidades técnico-profissionais em diversas áreas do saber, sendo que, de algum tempo a esta parte, tivemos a necessidade de abrir programas de formação enquadrados num plano de férias”, explicou a directora do centro, tendo adiantado que o novo módulo vai ganhando muito protagonismo e muita segurança.
Como os formadores que administram os planos de férias são os mesmos dos cursos em administrados durante o ano, a direcção achou por bem não inserir, ainda neste pacote, a especialidade de Língua Inglesa, pelo facto de o mesmo ter tempos lectivos que ocupam quase ano e meio, soube OPAÍS da líder da instituição juvenil, que, referiu, de forma preocupante, sobre a culinária, pastelaria e educação de infância, que, segundo ela, podem merecer a mesma limitação.
Além das opções citadas, o organismo possui outros ramos, como contabilidade geral, informática, secretário executivo, gestão de recursos humanos, pedagogia e vigilância de infância, bem como atendimento ao cliente, cabeleireiro, educador de infância e caligrafia.
O curso de electricidade também está dentro da grelha de formação. Importa referir que, normalmente, o ano formativo do Centro Comunitário da Juventude da Fubú começa na primeira quinzena de Janeiro e termina concretamente no dia 20 de Dezembro, ocasião em que se formaliza a celebração de fim-de-ano, na presença de funcionários da organização e alguns formandos.
Rejeição na sociedade suscita estágio interno
À Carolina Ricardo preocupa o facto de a instituição que dirige ter, ainda, algumas autoridades dependentes da Casa da Juventude de Viana e de outros órgãos de hierarquia superior, o que atrasa a sua administração a conceder os certificados ou diplomas de cursos, conforme fez questão de salientar a própria, que anuncia a sua correria, no sentido de chamar tal poder à sua direcção.
A directora considerou não menos importante o cenário vivido e reportado pelos seus formandos, com os cursos finalizados, que já aplicavam o seu saber em diversos postos de emprego, principalmente na condição de estagiários, que foram arrancados das ocupações conquistadas pela inspecção do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, alegadamente por não possuírem certificado de uma instituição teoricamente autorizada.
Para demonstrar que o perfil de entrada do seu estabelecimento se justifica com o de saída, Carolina Ricardo fez alusão a um programa de estágio interno. “Os nossos formando do curso de Gestão de Recursos Humanos têm a oportunidade de se ensaiar aqui dentro, ocupando-se na recepção dos cidadãos, dirigindo-os para as secções solicitadas, sob prévia autorização dos respectivos líderes“, realçou, tendo esclarecido que na sua instituição não há burocracias que impedem os acessos às secções.
Importa lembrar que, na ocasião do lançamento do projecto dos estabelecimentos do género, cuja vocação se cinge na promoção de actividades formativas e recreativas da juventude, a ideia anunciada se referia à necessidade de se criar, pelo menos, uma Casa da Juventude em todas as províncias de Angola e um centro comunitário juvenil em todos municípios ou comunas.