Saudações laborais, a toda equipa do jornal OPAÍS! A serenata no mercado dos correios voltou à baila, desta vez, e longe dos problemas de saneamento básico, escolas e saúde. Como tem sido costumeiro, o mercado dos correios passou a ser o primeiro grande teste ao novo administrador do distrito do Golfe, o senhor Pascoal Fortunato Paulo.
Depois da primeira visita da administradora do municipal, Naulila André, Pascoal Fortunato foi obrigado a interagir com os mercantes, que nem a ferro aceitam sair do local em que se encontram para o interior do mercado, onde as condições para a venda de alimentos e medicamentos são favoráveis. Já lá se foram seis meses de resistência.
Mas afinal o problema não está só na resistência, que chamam de “rebeldia” dos comerciantes vendedores. O problema é a “MIXA” que beneficia uma classe minoritária para a desgraça de muitos. O administrador da Praça dos Correios, por exemplo, está a ser acusado de pro- mover resistência, impedir a entrada dos vendedores no interior do mercado, sobretudo as vendedoras de frescos e outros bens alimentícios. Sem “fofocas”, os comerciantes denunciaram ao administrador o camarada Tomé, gestor da Praça, e que esteve presente durante a visita, de influenciar as pessoas a permanecerem lá nos becos a praticar a venda desordenada, para aproveitar- se da “MIXA” (cobranças ilegais de dinheiro).
Acusam-no, ainda, de permitir aos agentes da fiscalização em cobrar as fichas no valor de 500 kwanzas, até no período das 19:20horas. Até parece que estes agentes se esquecem que 20 horas é hora de notícias e de oferecer o colo aos filhos… Mas o que perde o senhor Tomé ao permitir que todos entrem no interior do mercado? O problema é que o interior está sob gestão de outra pessoa, a senhora Palmeira Vemba, que, infelizmente, há seis meses desde a inauguração do mercado sob sua gestão, o espaço está às moscas, porque todos preferem vender lá fora e nos becos.
Mas também, senhor director, com tanta gente que sobrevive dos Correios, aquele espaço parece insuficiente para 1.400 bancadas, sem falar dos comerciantes de peças diversas. Não fosse o olho pela mixa e a gestão danosa que se vê a olho nú, daquele mercado, é possível requalificar os espaços desportivos, as ruas do Golfe com os dinheiros do gigante mercado dos correios. Hoje mesmo ouvi que o administrador não pregou o olho sem antes falar com o gestor da Praça. Suponho que o desejo é encontrar tudo em ordem. Se a gente for séria, em breve isso vai dar exoneração.
POR: Pedro Mahula
Golfe 1 – Kilamba Kiaxi