No âmbito da expansão e implementação da tecnologia robótica no sector da Saúde no país, as autoridades deste pelouro estão a criar todas as condições para que a província de Cabinda possa realizar, em breve, cirurgias robóticas a nível do Hospital Geral ‘‘Veterinário Luís Gomes Sambo’’
Para avaliar as condições para a implementação destes serviços a nível da província mais ao norte do país, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, visitou o Hospital Geral de Cabinda, uma unidade sanitária de 3.° nível e de referência nacional, onde serão instalados todos os equipamentos que vão assegurar a cirurgia robótica a nível de Cabinda.
Para a ministra Sílvia Lutucuta, a província tem condições para se implementar esses serviços, uma vez que Cabinda está a se destacar como uma referência nacional em cirurgias de alta complexidade.
“Cabinda está à frente e bastante avançada em relação às outras províncias, e acredito que, com estas competências que já tem, se torna muito mais fácil migrar para cirurgias robóticas”, referiu.
Refira-se que o Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-pulmonares Cardeal Dom Alexandre do Nascimento é a primeira unidade sanitária a implementar a cirurgia robótica no país, tendo feito, recentemente, a primeira cirurgia robótica com sucesso a um paciente com cancro da próstata.
De acordo com Sílvia Lutucuta, o Hospital Geral de Cabinda deverá ser a segunda unidade sanitária a contar com esses serviços e, para tal, a ministra, na sua visita a Cabinda, fez-se acompanhar pelo urologista Vipul Patel, uma autoridade mundial em cirurgia robótica, que lidera uma equipa de técnicos de saúde da Advanced Health.
“Estamos com o doutor Patel, uma referência mundial em cirurgia robótica e um urologista com alto domínio da cirurgia robótica que está a trabalhar connosco.
Portanto, as nossas equipas já estão a trabalhar em conjunto e muito dos nossos profissionais que passarão para a robótica terão que vir para Cabinda fazer cirurgias minimamente invasivas, porque a província tem condições para o efeito.”
Segundo Sílvia Lutucuta, o país tem aplicação prática da cirurgia robótica em várias especialidades, nomeadamente ortopedia, prótese da anca e do joelho (estas serão feitas, em breve, com cirurgia robótica), neuro-cirurgia, torácica, bem como cirurgia geral abdominal, ginecológica e urológica. Funcionamento do Hospital Geral de Cabinda.
Em Cabinda, a ministra da Saúde avaliou também o grau de funcionamento do Hospital Geral ‘‘Veterinário Luís Gomes Sambo’’, uma unidade sanitária de nível três e de referência nacional, que assiste pacientes não só de Cabinda como também de outras províncias, que buscam tratamento de referência em várias especialidades.
O hospital, inaugurado há dois anos pelo Presidente da República, João Lourenço, já realizou, até ao momento, mais de quatro mil cirurgias nas especialidades de oncologia, genealogia e neurologia.
“Temos de felicitar a província de Cabinda, porque tem conseguido cuidar muito bem do hospital e utilizar a sua capacidade máxima e de forma diversificada para atender à mais alta complexidade na província”, enfatizou Sílvia Lutucuta.
E também, prosseguiu a ministra, muito felizes com os resultados obtidos, já que estão a ser evitadas muitas mortes, sobretudo a mortalidade materna, infantil e neonatal. “Com as facilidades que temos no Hospital Geral de Cabinda, nos cuidados intensivos, temos salvo muitas mães e muitos recém-nascidos de baixo peso e prematuros”, sublinhou.
Por este motivo, a ministra da Saúde disse que Cabinda está a se destacar como uma referência nacional em ortopedia de alta complexidade, cirurgias da anca, prótese da anca e prótese do joelho.
“Agora, estamos a assistir às recuperações da prótese do joelho e da anca, que são cirurgias de altíssima complexidade que Cabinda está a realizar.” Para garantir uma profissionalização aos seus quadros, o HGC conta com centros de simulação médica que permitem aos médicos e outros profissionais de saúde, que estão a ser formados nessa unidade, passar por um exercício de tratamento simulado para garantir melhor assistência médica aos pacientes.
POR:João Katombela, na Huíla