Após 13 anos de paralisação, os camponeses do município da Caála, província do Huambo, voltaram, na presente época agrícola, a produzir trigo, na sequência da instalação das fábricas de processamento deste cereal, soube a ANGOP.
Trata-se de 600 famílias camponesas, que prevêem colher perto de 500 mil toneladas, em produção numa área de 228 hectares de terras.
A informação foi prestada, ontem, Quarta-feira, à ANGOP, pelo presidente da cooperativa Vale do Calai, Domingos Capita, ao referir que a retoma da produção do cereal resulta da instalação de duas fábricas de processamento de massa alimentar e farinha de trigo, em conclusão no Pólo de Desenvolvimento Industrial da Caála.
No início da campanha agrícola, disse, as 700 famílias camponesas beneficiaram de sementes melhorada de trigo, adquirida na Zâmbia pela direcção das referidas unidades fabris, em parceria com a Extensão de Desenvolvimento Agrário (EDA), com o objectivo de fomentar a produção do cereal, para poder ter matéria-prima suficiente para a produção de massa alimentar.
O responsável disse estar prevista a colheita de 500 mil toneladas de trigo, em produção numa área de 228 hectares, para a sustentabilidade das fábricas e, consequentemente, contribuir na redução do preço do pão.
Domingos Capita disse que a produção de trigo, no município da Caála, esteve paralisada desde 2010, por falta de oportunidades de venda e mercado atraente que permitisse, na altura, a compensação dos esforços dos camponeses.
Explicou que a instalação das unidades fabris fez com que os agricultores retomassem a produção de trigo, enquanto principal matériaprima para o funcionamento das mesmas. Até 2010, as famílias camponesas colhiam, em média, por cada hectare, quatro toneladas de trigo que serviam para o auto-sustento, cujo excedente era comercializado no mercado local.