Pelo menos 10 milhões de habitantes da capital angolana beneficiarão de água potável em 2026, período previsto para a entrada em funcionamento dos dois projectos hídricos Bita e Quilonga, assegurou o presidente do Conselho de Administração da Empresa Pública de Águas (EPAL), Adão da Silva.
Em declarações à imprensa, à margem das quartas jornadas técnicas sobre Gestão Sustentável dos Sistemas de Abastecimento de Água, realizadas Quarta-feira (20), o gestor garantiu que as duas grandes infra-estruturas visam reforçar a produção, distribuição e a qualidade do abastecimento de água potável em Luanda.
Na ocasião, o PCA da EPAL referiu que apesar do défice existente na oferta de água, motivado pelo crescimento constante da população, todo o esforço tem sido feito para que os luandenses tenham acesso ao líquido precioso.
Sublinhou que, actualmente, a capacidade de abastecimento de água para Luanda ronda os 750 mil metros cúbicos, para uma população estimada em mais de 10 milhões de habitantes.
Prevê-se que o projecto Bita, avaliado em USD 1,7 mil milhões, seja executado em três anos, beneficiando mais de 3 milhões de habitantes, com 170 mil novas ligações domiciliares, no município de Belas, nos distritos de Quenguenda, Vila Verde, Cabolombo, Ramiros, Morro dos Veados e reforçar as zonas do Benfica e Camama.
Por outro lado, o projecto Quilonga, orçado em USD 1,3 mil milhões, vai abranger 5 milhões de habitantes, num processo de captação a ser feito, também, no rio Kwanza, na proximidade do Bom Jesus.
Nos próximos cinco anos, o Governo angolano estima investir uma total de USD 2,5 mil milhões, para que os luandenses tenham água de forma regular.
Quanto à qualidade da água fornecida à população, o director-geral do Instituto Nacional de Recursos Hídricos, Narciso Ambrósio, reconheceu que, nesta época chuvosa, regista-se alguma alteração da qualidade, facto que obriga os centros de captação aumentar o número de produtos para o tratamento da água.
Acrescentou ainda que o sector continua a trabalhar para a protecção das nascentes. Em relação às quartas jornadas sobre gestão sustentável da água, o secretário de Estado para as Águas, António da Costa, disse que o evento visa criar estratégias que consigam dar respostas à problemática actual de cobertura e controlo da qualidade deste líquido. Sob o lema ‘Controlo da Qualidade da Água, que futuro?’, o evento decorreu num dia e reuniu especialistas da EPAL que operam nos centros de distribuição de água.