As dificuldades de emprego no ramo da educação e exiguidade de professores no ensino de base, no município do Icolo e Bengo, são entre outras as dificuldades apresentadas pelas autoridades tradicionais, essa Segunda-feira, à nova administradora, Isabel Nicolau dos Santos
Durante o primeiro encontro de cortesia, entre a nova administradora municipal e as autoridades tradicionais, em nome dos sobas e habitantes das cinco comunas e três distritos urbanos do Icolo e Bengo, Emília Paulo Martins fez saber que o município tem um número considerável de jovens com formação superior mas que estão desempregados, apesar de tentarem várias vezes nos concursos públicos.
Por outro lado, denunciou que grande parte dos professores no Icolo e Bengo, são residentes de outros municípios, tornando a sua actividade improdutiva, tendo em conta a distância e falta de condições, mormente nas comunas mais recônditas.
Por isso, solicita que nos próximos concursos públicos se tenha em atenção a quota para esta circunscrição que deve priorizar os locais.
O município do Icolo e Bengo tem um total de 76 escolas e precisa de mais 10, tem mil professores e carece de mais 300.
Dados do Gabinete Municipal da Educação, indicam que foi atribuída uma quota de 140 professores no concurso público que termina esta Terça-feira, enquanto cinco escolas estão em construção no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).
“Pedimos que continuem a velar pelas condições sociais dos cidadãos, estradas, apoio aos camponeses e agricultores, assim como maior celeridade nas obras do PIIM, que parece estarem paralisadas”, solicitou a soba grande.
Emília Paulo Martins fez saber que a sua corte tem-se deparado com muitas denúncias de práticas de feitiçaria o que tem-lhes preocupado, além de elevados casos de violações sexuais, assaltos e roubos que têm encaminhado às autoridades competentes.
Nesta senda apelou a administradora, para a construção de um jango, local onde os sobas possam reunir a comunidade sempre que necessário, sobretudo no acto de resolução de eventuais conflitos.
Por sua vez, a administradora municipal garantiu trabalhar em conjunto com a comunidade, no sentido de se encontrarem as melhores formas de resolução dos problemas, incluindo os conflitos de terras.
A administradora municipal apresentou-se, igualmente, às autoridades policiais e aos membros do partido político MPLA.
Isabel Nicolau dos Santos iniciou as funções como administradora municipal de Icolo e Bengo a 12 do corrente, em substituição de Nelson Funete que exerceu o cargo por dez meses.
Este foi o primeiro encontro com as autoridades locais.