A medida assenta no facto de a veda do carapau, marcada pela proibição da pesca desta espécie pelágica ao longo da costa marítima angolana, arrancou hoje e vai terminar no dia 31 de Agosto deste ano, tempo necessário para desova e reprodução plena do peixe. Piedade Goanhe disse que nos últimos dois meses, registou-se um aumento na captura de pescado, comparativamente aos três primeiros meses.
Em Abril último, foram produzidas 14 mil toneladas contra 15 mil toneladas de pescado diverso capturado, em Maio, precisou. O director das Pescas no Namibe fez esta revelação, à imprensa, num encontro que manteve, recentemente, com os operadores do sector das pescas nesta província.
Segundo a Angop, referiu que, no primeiro trimestre deste ano, a caixa de carapau custava cerca de 45 mil kwanzas, enquanto actualmente custa 22 mil kwanzas, fruto da disponibilidade de recursos pesqueiros, no Namibe.
De acordo com a fonte, o aumento da captura resultou, em parte, da veda dos demersais, que já dura dois meses, tendo avançado que o carapau representa 70% da espécie capturada.
Por sua vez, o coordenador do centro regional de fiscalização das pescas do Namibe, Vicente Neto, reiterou que os armadores deverão, no período de veda, comunicar as autoridades para um maior controlo.
Disse que, de Janeiro até à data presente, foram registadas 20 infracções, sobretudo na pesca artesanal, tendo apontado a falta de informações como as principais causa das irregularidades.
“Os pescadores artesanais precisam estar mais próximos das associações de pesca, de modo a estarem mais informados e evitarse as infracções”, referiu. Por outro lado, o vice-presidente da Associação Provincial de Pescas, Paulo Santos, afirmou que apoia a medida que visa a defesa das espécies, tendo adiantado que vai sensibilizar os associados sobre a medida, no sentido de garantir que todos estejam a cumprir a lei, para o benefício de todos. A província do Namibe conta com mais de 1 500 embarcações operacionais, sendo que 1 032 encontram-se em Moçâmedes e 475 no Tômbwa.