O novo satélite angolano, cujo acordo de construção foi assinado entre as partes angolana e russa em Luanda, tem previsão de estar concluído em 2020
Texto de: Brenda Sambo
Ontem, em conferência de imprensa, o ministro das Telecomunicações e das Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, confirmou que o Angosat 1 está oficialmente dado como inoperante e em lugar incerto. Segundo José Carvalho da Rocha, à margem da conferência de imprensa sobre “O estado actual do satélite Angosat 1”, durante o seu lançamento, o Angosat1 apresentou algumas avarias no seu funcionamento.
O construtor do satélite angolano Angosat1, Igor Frolov, avançou que o satélite angolano “foi construído com especificidades antigas que não se ajustam às novas tecnologias”. “As especificidades do Angosat1 foram determinadas em 2004 a 2005 e não estavam ajustadas à tecnologia actual”, declarou. Segundo o construtor, neste momento há uma comissão de técnicos angolanos e russos que trabalham para a possível localização do satélite.
Igor Frolov avançou ainda que o trabalho arrancou em inicios de Abril e termina em Maio próximo. “Até agora não há nenhum sinal positivo do Angosat 1”, confirmou.
Rússia compromete-se a financiar valor para a construção do Angosat 2 dada a inoperância do satélite angolano Angosat 1, a Rússia comprometeu-se custear os va
lores para a construção do novo satélite angolano, o Angosat 2.
O contrato para a construção do Angosat 2 foi assinado ontem, em Luanda, pelo ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, e pelo representante do Governo russo, Frolov Petrovich. Segundo o ministro José Carvalho da Rocha, como compensação, e tendo em conta o acordo antes assinado, foi acautelado que caso se registasse algum problema, a parte russa asssumiria as responsabilidades. Já o construtor do Angosat 1, Igor Frolov, disse também que, para além da construção do Angosat 2, a Rússia, no âmbito das suas compensações, vai ajudar também na formação de técnicos angolanos. Sem precisar montantes, o responsável explicou apenas que o mesmo será mais caro que o Angosat 1.
O responsável garantiu que o Angosat 2 será construído tendo em conta as novas especificidades e com tecnologia moderna. Em relação ao Angosat 1, de que se esperava 15 anos de vida útil, o Angosat 2 terá uma vida útil de 18 anos e será entregue em 2020. Referiu que a Rússia vai continuar também a prestar assistência ao centro de controlo de emissão do Angosat, localizado na Funda, em Luanda. Por sua vez, Frolov Petrovich, em representação do Governo russo, pediu desculpas ao Estado angolano e garantiu que a parte russa tudo fará para a construção do novo satélite.