A dispersão dos habitantes do Município da Quiçama é um dos factores que dificulta a solução dos seus problemas sociais, disse a administradora local, Elisabeth Rafael
Em entrevista à imprensa a gestora disse que o município tem vários bairros dispersos com poucos moradores e em locais quase inacessíveis, o que torna difícil a disposição de infra-estruturas sociais.
Estas localidades carecem de quase tudo, como escolas, hospitais, energia, água, estradas, entre outros serviços sociais básicos.
“O problema do nosso município é a desconcentração da população.
Temos muitas comunidades e torna-se difícil construir escolas e hospitais para pequenos grupos separados em cada sete a oito quilómetros”, disse.
No entanto, adiantou que há um programa em curso para concentrar a população onde esta poderá beneficiar de todas as infra-estruturas sociais.
A administradora manifestou o desejo de melhorar a qualidade das habitações feitas de pau a pique, por forma a oferecer maior comodidade aos munícipes.
Nas cinco comunas do município, prosseguiu, as principais preocupações prendem-se com o mau estado das vias de comunicação, falta de água, energia e infra-estruturas sociais como as para a saúde e educação.
Para si, a prioridade será a melhoria das estradas para facilitar o transporte de meios para a construção de imóveis.
“Tem chovido bastante nesta região o que dificulta qualquer intervenção, por isso vamos deixar parar a chuva para iniciarmos os trabalhos”, asseverou.
Sobre a requalificação da vila da Muxima, Elisabeth Rafael fez saber que o governo começou com a construção das primeiras 300 residências T3, de um total de 700, na povoação do Coxi, há sete quilómetros da sede municipal, para acolher os moradores do bairro Catondo.
A ANGOP constatou que, por esta altura, estão feitas todas alvenarias e na sua maioria, as casas já estão com tecto.
Recentemente, o vice-governador para os serviços técnicos e infra-estrutura, Mário Cristino Ndeitunga, disse à margem da visita de dois dias à Quiçama, do governador provincial, ter recebido garantias do empreiteiro, da conclusão destas primeiras residências em Maio do corrente ano.
O Município da Quissama conta com uma população estimada em 45 262 habitantes (censo 2014), uma área territorial de 12 046 quilómetros quadrados, sendo assim o menos populoso dentre os municípios da província de Luanda.
É limitado a norte pelos municípios de Viana e Icolo e Bengo, a Leste pelos municípios de Cambambe (Província do Cuanza Norte), Libolo e Quibala (Província do Cuanza Sul), a Sul pelos municípios de Quilenda e Porto Amboim (Cuanza Sul), e a Oeste pelo Oceano Atlântico.
Além da comuna da Muxima, compõe-se também pelas comunas de Demba Chio, Quixinge, Munbondo e Cabo Ledo.
Parte do município é ocupada pelo Parque Nacional da Quissama.