A Administração Municipal de Cacuaco aplica anualmente 17 milhões de kwanzas a um projecto local de atribuição de bolsas de estudos, beneficiando mais de 100 estudantes, para cobrir o pagamento de propinas, informou, essa Quarta-feira, o administrador Auzílio Jacob.
O projecto de atribuição de bolsas de estudos resulta de um acordo de parceria entre a Administração Municipal de Cacuaco e dois institutos superiores locais, designadamente o Instituto Superior Politécnico Intercontinental de Luanda e o Instituto Superior Politécnico de Kangonjo.
No acordo, a administração assume todos os encargos financeiros dos bolseiros, excepto os valores cobrados em provas de recurso. Se reprovar, o bolseiro perde o benefício.
Segundo o responsável municipal, em 2020 foi negociado um pacote com a perspectiva de, nos próximos dois anos, ajudar na formação superior e também técnica de 500 jovens do município, o que vai exigir o financiamento anual de 47 milhões de kwanzas.
“Em 2020, começamos a negociar um pacote com os institutos superiores de Cacuaco e naquela altura fizemos o primeiro ensaio com os primeiros 100 alunos.
No ano académico seguinte colocamos outros 85 candidatos, estando reservados para o próximo ano académico mais 120 vagas”, clarificou.
Para dar continuidade ao projecto, sublinhou, ocorreu na Terça-feira passada um encontro de esclarecimento entre responsáveis da Administração de Cacuaco, as direcções de dois institutos superiores privados e os candidatos a bolsas de estudos.
Auzílio Jacob destacou o impacto do projecto da administração no rendimento económico das famílias que, “em determinadas situações, são forçadas a sacrificar algumas questões do lar, em benefício da formação dos filhos”.
Sobre a possibilidade de implementação de uma universidade ou instituto superior público no município de Cacuaco, o administrador local refere que a região não possui densidade populacional que exija uma universidade pública.
“O município de Cacuaco possui um milhão e 600 mil habitantes, estando os candidatos ao ensino superior à volta dos 15 por cento deste número.
Nesta perspectiva, ao se criar uma universidade pública nesta localidade, a mesma não terá uma taxa de ocupação satisfatória”, argumentou.
Acrescentou ser necessário, paralelamente ao ensino superior, estimular a criação de mais centros de formação técnico-profissional e estimular jovens a aderirem a este modelo de formação.