Um total de 1.200 pessoas perdeu a vida em consequência de 7.441 acidentes de viação ocorridos nas estradas da província da Huíla, de 2017 a 2023, fazendo com que a província seja a segunda com maior índice de sinistralidade rodoviária, depois de Luanda, revelou ontem, no Lubango, o subcomissário Florenço Ningui
O comandante provincial da Polícia Nacional na Huíla em exercício, Florenço Ningui, fez essa revelação num seminário sobre acidentes que juntou membros de diversas organizações da sociedade civil, entre os quais a Associação de Taxistas e automobilistas. De acordo com o oficial, os acidentes registados em cinco anos causaram ferimentos ligeiros e graves a cerca de 7.534 pessoas.
“A sinistralidade rodoviária é, em todos os níveis, uma das principais causas de muitas mortes no mundo, e, em Angola, é a segunda maior causa depois da malária, ceifando vidas humanas e causando danos irreparáveis”, detalhou. Por outro lado, Florenço Ningui disse que o dia 19 de Novembro deve servir para reflectir sobre os acidentes de viação, com vista à inversão do quadro. No seu entender, é necessário reflectir-se profundamente sobre a problemática da sinistralidade rodoviária que também coloca em risco todo o desenvolvimento social.
“Devemos cada um de nós pensar sempre numa condução segura, na qualidade de condutores, e numa travessia responsável, enquanto peões, para podermos garantir uma paz efectiva nas estradas”, recomendou. O responsável considerou ser necessário apostar sempre na educação da população, o que deverá envolver todos os actores sociais, com enfoque para as famílias e as escolas, de forma a evitar-se os acidentes.
Saliente-se que o evento foi realizado por ocasião do Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes nas Estradas, assinalado ontem, sob o lema: “Trânsito Seguro, Vidas Salvas”. Com uma população estimada em 3.282.968 habitantes, a província da Huíla tem o segundo maior parque automóvel do país, com mais de 500 mil veículos.