A academia contribui na auto-suficiência alimentar do país e integração económica regional, através do desenvolvimento de pesquisas voltadas à utilização de novas tecnologias na agricultura, considerou o reitor da Universidade Mandume Ya Ndemufayo, Sebastião António.
O académico dissertava o tema “Auto-suficiência Alimentar e Integração Económica Regional na Visão e Perspectiva da Academia” durante o III Conselho Consultivo do Ministério da Indústria e Comércio, decorrido até Sexta-feira última, no Lubango.
Declarou que a sociedade académica está engajada na realização de ensaios experimentais e melhoramento genético com a introdução de novas variedades mais adaptadas às condições áridas para contrapor os efeitos das alterações climáticas.
Referiu ainda que a academia trabalha no desenvolvimento de sementes mais produtivas e resistentes às pragas, doenças, bem como de raças de animais mais adaptadas ao clima e às condições locais, para aumentar, significativamente, a produtividade agrícola e pecuária na região.
Avançou que a aposta na prática de manejo e conservação do solo e da água, desde o plantio directo e a rotação de culturas e a construção de sistemas de irrigação eficientes, pode reduzir a de gradação do solo e a escassez de água, aumentando assim a produtividade agrícola.
Sebastião António fez saber que está em curso, a criação do curso de graduação em Agronomia, denominado Tecnologias de Produção de Grãos, no âmbito do Plano Nacional de Fomento Para a Produção de Grãos (PLANAGRÃO).
“O objectivo é contribuir para garantir a segurança alimentar do país e auto-suficiência alimentar, contando que a região conta com o triângulo do milho (Caconda-Caluquembe-Chicomba)”, reforçou.
Defendeu que o aumento da produtividade agrícola e produtos de melhor qualidade é fundamental para o desenvolvimento da agroindústria e da cadeia de valor baseadas na agricultura, pelo que as políticas agrícolas não podem ser desenvolvidas de forma isolada, há também a necessidade de uma estratégia para a industrialização.
Manifestou que um sector agrícola vibrante é essencial para estimular a produção nacional e regional, uso de fertilizantes, máquinas agrícolas, embalagens e serviços de apoio.
Ao nível da região, destacou a importância de existir uma integração efectiva de mercado, unindo esforços na realização e concretização de uma economia regional industrializada que utilize os seus recursos naturais de forma sustentável.