Já está em funcionamento, desde ontem, o Centro de Hemodiálise do Hospital Geral do Cunene, General Simeone Mucune. Apetrechado com equipamentos de última geração, o centro já começou a receber, ontem, doentes locais que faziam hemodiálise nas províncias do Namibe, Huíla e na vizinha República da Namíbia.
Com uma capacidade para até 70 sessões de hemodiálise diariamente, o centro vai atender jovens, crianças e adultos que padecem de insuficiência renal crónica, com tratamento e cuidados que vão permitir a melhoria da qualidade de vida dos doentes renais de Ondjiva.
No seu primeiro dia de funcionamento, a unidade clínica recebeu a visita guiada da governadora provincial, Gerdina Didalelwa, que esteve acompanhada da ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.
Na ocasião, as duas governantes percorreram a unidade hospitalar e mantiveram contacto com os doentes, ouvindo as suas preocupações e satisfação em relação à abertura do referido centro construído com fundos públicos, cujos valores da empreita- da não foram adiantados.
Em declarações à imprensa, a governadora provincial considerou a abertura do centro como sendo um ganho para a província, na medida em que vai minimizar os esforços dos doentes e dos seus familiares que se viam obrigados, anteriormente, a gastar avultadas somas na busca de tratamento nas circunscrições da Huíla, Namibe e República da Namíbia.
“É aquela alegria que se diz sem tamanho. Nós tínhamos os nossos familiares a serem tratados noutras unidades fora da província. Mas, felizmente, hoje temos esse serviço que tanto precisávamos aqui”, apontou. Conforme disse, o Governo provincial e povo local “não têm palavras para agradecer a emoção que estamos a sentir”, ao ser erguida aquela unidade de referência no Cunene.
Encorajamento
De acordo ainda com Gerdina Didalelwa, os munícipes de Ondjiva prometem preservar a infra-estrutura e, destacou, ecoragemo Presidente da República, João Lourenço, na contínua busca de esforços e trabalho para a dignificação dos cidadãos.
“Não contávamos com essa alegria. E agradecemos o Presidente João Lourenço pelo esforço que está a fazer, porque nem todos os hospitais têm serviços de hemodiálise. E, felizmente, nós, aqui, no Cunene, já temos”, frisou.
Apoio às famílias
Gerdina Didalelwa reconheceu ainda existirem muitos paciente de Ondjiva que se encontram em tratamento nas províncias vizinhas do Namibe e Huíla.
Entretanto, afirmou que, naquilo que for necessário, o seu governo vai apoiar no regresso destes para que prossigam com o processo de hemodiálise em Ondjiva e junto das suas respectivas famílias, configurando, assim, menos custos e melhor qualidade de vida aos doentes.
“Os que estão a fazer hemodiálise chegaram hoje. Mas acreditamos que nos próximos dias vão chegar outros que vão optar em regressar à casa”, disse a governante.