Duzentos e trinta casos de cancro da mama foram registados, de Janeiro a Setembro deste ano, pelo Instituto Nacional de Controlo do Cancro, informou, essa Terça-feira, em Luanda, a directora-geral desta instituição, Isabel Sales
A directora falava à imprensa à propósito do Outubro Rosa, mês dedicado a consciencialização sobre o cancro da mama, celebrado anualmente com o objectivo de compartilhar informações e proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e tratamento de forma a contribuir para a redução da mortalidade.
Isabel Sales informou que o número de casos de cancro da mama tende a aumentar anualmente, inclusive com casos de óbito, fruto de diagnóstico tardio.
Referiu que, diariamente, são atendidos mais de 500 pessoas em consultas de seguimento e especialidade, exames e rastreios.
A médica lamentou a falta de cultura de exames de rastreio e avaliação constante, acções que podem ajudar no controlo e tratamento da doença.
Alertou que o cancro da mama regista-se mais em pessoas com idades acima dos 40 anos, mas que, nos últimos tempos, há também registos em pessoas de 20 anos de idade e raça negra.
Apontou como factores de risco a falta de amamentação, em mulheres que tiveram filhos, tabagismo, obesidade, histórico familiar da doença, entre outros.
Para si, o cancro continua a ser uma patologia desafiante para o mundo da medicina. O cancro da mama começa sem dor e com apenas algumas alterações e, quando não diagnosticada e tratada a tempo, se dissemina para os outros órgãos, nomeadamente os pulmões, fígado, sistema nervoso central (ossos).
O Instituto Oncológico de Angola tem também um registo de 20 casos de cancro da mama em homens.