Os esforços dos jovens, visando o combate à discriminação e à promoção do empoderamento da mulher foi enaltecido este sábado, em Luanda, pela Vice-presidente da República, Esperança da Costa, na abertura da 1ª Conferência Anual de Jovens Mulheres Empresárias de Angola.
Esperança da Costa considerou igualmente importante que os jovens entendam que são os protagonistas das suas vidas e, de uma maneira geral, têm potencial para se tornarem líderes, empreendedores e agentes de mudança.
Destacou a importância do evento, que visa a partilha de visões e experiências, desafios e conquistas e, sobretudo, sobre o futuro e o papel da liderança feminina no processo de diversificação económica, das transformações sociais globais, das questões ambientais e da manutenção da paz no país, em África e no mundo.
Lembrou ser notória a importância que o Estado angolano atribui às questões atinentes à igualdade do género, o que se reflecte, naturalmente, na Constituição da República de Angola que consagra o Princípio da Igualdade e da não Discriminação, dando amparo à promoção, à participação e ao empoderamento da mulher, factor fundamental para a consolidação dos seus direitos.
Nesta perspectiva, enfatizou as várias conquistas normativas de relevo em prol da defesa dos direitos da mulher, que proporcionaram a ascensão de um número considerável de mulheres a cargos de topo, no Executivo, no Poder Judicial e no Legislativo.
Destacou o lado anónimo das heroínas de todos os tempos, mulheres que diariamente cultivam o altruísmo para o bem-estar das famílias, nas lavras, nos mercados, nas fábricas, nas escolas, na administração pública, nas artes, na cultura, no desporto, na política e na defesa nacional.
Recordou algumas guerreiras cujos nomes marcaram de forma indelével a história recente, pela bravura e irreverência com que se entregaram para a libertação de Angola, nomeadamente Engrácia dos Santos, Irene Cohen, Lucrécia Paim, Teresa Afonso e Deolinda Rodrigues.
Esperança da Costa chamou a atenção das mulheres para olharem a economia azul e a verde, não se limitando aos chamados negócios femininos, pois considera que não há negócios só para homens e nem só para mulheres, há simplesmente negócios, onde devem ser levadas soluções inovadoras, serviços e produtos.
O Executivo, prosseguiu, tem como visão uma elevada participação do sector privado e uma maior colaboração com os nossos principais parceiros multilaterais, garantindo que continuarão a envidar esforços para acelerar a melhoria do ambiente de negócios, garantir a estabilidade macro-económica e potenciar continuamente o sistema financeiro com o propósito de aumentar o investimento directo na economia.
Conferência de jovens mulheres
Promovido pela Associação Nacional dos Jovens Empresários de Angola (ANJE- Angola), o evento teve como lema “O papel da liderança feminina no processo de diversificação económica e social do país”.
Ainda hoje, a ANJE-Angola assinou dois memorandos, sendo o primeiro com o INEFOP que visa proporcionar estágios profissionais a cinco mil jovens.
O segundo memorando foi assinado com a Viva Seguros na perspectiva de formar mais de dois mil jovens em matéria de seguros, com enfoque no auto-emprego.
Durante a conferência, de um dia, foram discutidos, entre outros, os temas “Cooperação internacional: Um facto decisivo no processo de fomento e diversificação económica e social” e “Os desafios da produção nacional: estratégias para impulsionar o crescimento económico do país”.