A primeira audiência foi concedida ao director da Carnegie Mellon University dos EUA, Conrad Tucker, onde foi abordada a possibilidade de os estudantes angolanos beneficiarem de bolsas de estudo de mestrado nas áreas de engenharia mecânica, inteligência artificial e engenharia eléctrica.
Durante o encontro, discutiu-se a possibilidade de Angola aderir à rede de
Universidades Afritec, sediada em Ruanda.
“Discutimos também a possibilidade de Angola poder aderir a esta rede de universidades”, explicou.
A agenda da vice-presidente prosseguiu com uma audiência ao secretário executivo da Associação de Desenvolvimento da Educação em África (ADEA), Albert Nsengiyuma, que explicou que a sua abordagem com a vice-presidente tratou de assuntos estratégicos ligados à educação em Angola e na África, considerando como redimensionar a educação nos próximos 25 anos.
Ressaltou que só se pode falar de independência total “quando superarmos a questão da educação em África”.
“A educação é um dos motores importantes para o desenvolvimento económico de qualquer nação”, disse.
Além disso, foi abordada a questão do ajuste entre a formação a nível do ensino técnico-profissional e a necessidade do mercado de trabalho.
“Concluímos que é importante que o país mobilize todos os parceiros, incluindo o sector privado, para ultrapassar o desajuste existente entre a formação técnico-profissional e a real necessidade do mercado de trabalho”, defendeu.
Ainda na sequência das audiências, a vice-presidente recebeu também a presidente do Fundo de Desenvolvimento da Educação do Brasil (FUNDEB), que garantiu que o fundo que dirige vai apoiar Angola nos domínios da merenda escolar.
No final da sessão, a vice-presidente recebeu o vice-reitor da Universidade LUISS, Itália, Marco Massoni, que disse aos jornalistas ter considerado Angola um parceiro muito importante para a Itália.
Destacou que a cooperação interuniversitária foi o ponto mais importante da audiência, realçando a importância do convite recebido para participar na primeira conferência sobre o ensino superior.
Por sua vez, o ministro do Ensino Superior, Ciência e Inovação, Albano Ferreira, afirmou que com a Universidade Italiana existe a perspectiva de reforço da cooperação, nomeadamente na agricultura, na industrialização do país e na mecanização da produção agrícola.