A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, valorizou, ontem, Terça-feira, em Mbanza Kongo (Zaire), o papel das autoridades tradicionais na transmissão dos valores culturais ancestrais às novas gerações. Ao intervir perante as autoridades tradicionais do Lumbu (Corte Real Kongo), a Vice-Presidente da República destacou o conceito de Tribunal Tradicional ou consuetudinário, que, na região, ajuda na harmonização da vida em comunidade.
“É uma honra estar aqui no Lumbu, considerado o centro principal do Tribunal Consuetudinário, no qual as eminentes figuras tradicionais desenvolvem o seu papel no apoio às nossas comunidades naquilo que é correcto para com a família e o bem-estar de toda a sociedade”, afirmou. Esperança da Costa realçou a contínua manutenção das relações entre as autoridades tradicionais locais e as dos três países vizinhos que integravam o antigo Reino do Kongo, designadamente a República Democrática do Congo (RDC), a República do Congo e o Gabão.
A sua visita a Mbanza Kongo, explicou, visa, essencialmente, constatar a realidade deste centro histórico, inscrito na lista do Património Cultural da Humanida- de, a 8 de Julho de 2017, com vista a identificar, corrigir e encontrar soluções para as várias dificuldades ainda existentes. Após ter estado no Lumbu, a Vice- Presidente da República, visitou o Museu dos Reis do Kongo e o Sunguilo (Cemitério dos Reis), onde recebeu explicação detalhada sobre o significado histórico e cultural do acervo ali exposto, assim como sobre o seu funcionamento.
A Vice-Presidente reiterou o engajamento do Executivo na correcção de alguns problemas com os quais o referido Património Cultural da Humanidade ainda se debate. A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, está na cidade de Mbanza Kongo, capital da província do Zaire, para uma visita de 48 horas, onde orienta a 1ª Sessão Ordinária da Comissão Nacional Multissectorial para a Salvaguarda do Património Cultural Mundial.
À Comissão Nacional Multissectorial, criada ao abrigo do Despacho Presidencial nº 25/18, de 5 de Março, para a Salvaguarda do Património Cultural Mundial, compete promover a implementação de programas de conservação e a gestão participativa do património cultural, tendo em conta a necessidade de se adoptarem medidas especiais de acompanhamento do património cultural nacional de valor universal excepcional. Recorde-se que o Centro Histórico de Mbanza Kongo, capital do antigo Reino do Kongo, foi inscrito na lista do Património Cultural da Humanidade da UNESCO, a 8 de Julho de 2017.