A veterana do MPLA, Rodeth Gil, defendeu, em declarações ao jornal OPAÍS, maior dinamismo ao Conselho de Honra do partido de forma a ajudar naquilo que é a formulação de políticas da organização que governa Angola.
Entretanto, o Conselho de Honra foi aprovado, em Dezembro de 2021, durante a primeira sessão ordinária do Bureau Político saído do VIII Congresso Ordinário do MPLA, orientada pelo presidente do partido, João Lourenço.
O órgão é uma estrutura interna do partido que funciona como instrumento de consulta do presidente do MPLA, congregando figuras históricas ou militantes que desempenharam funções de grande relevância para a vida do partido.
Segundo Rodeth Gil, desde Abril do ano passado que o órgão não reúne, facto que o torne pouco conhecido no meio das populações, sobretudo da juventude. No seu entender, é necessário que o órgão volte às suas actividades, com reuniões correntes, para que ganhe outra dinâmica, quer para a vida interna do partido, quer do próprio país.
“Na minha opinião, como militante do partido, este conselho deveria ter mais dinâmica para ajudar o chefe máximo do partido e maior dinamismo no foco e na exploração da juventude”, defendeu.
Rodeth Gil entende ainda que, com o congresso do partido, aprazado para o mês de Dezembro, seria de todo importante que o Conselho de Honra tivesse maior acção, a julgar até pelas tarefas a serem realizadas, dada a experiência das pessoas que fazem parte deste importante organismo interno do MPLA.
De referir que, em Abril do ano passado, o presidente do MPLA, João Lourenço, reuniu, pela primeira vez, com o Conselho de Honra, seu órgão de consulta a nível do partido, para analisar o estado operacional e de funcionamento do partido, bem como a situação política, económica e social do país.
A reunião, realizada no Complexo Futungo II, em Luanda, aconteceu à porta fechada e contou com a presença da maioria dos membros do Conselho de Honra – formado por militantes veteranos – e dos membros do Secretariado do Bureau Político, como convidados.