A UNITA voltou a criticar a actuação da Comissão de Reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos (CIVICOP), considerado que a mesma foi transformada num órgão de diabolização da imagem do líder fundador do maior partido na oposição.
Por esta razão, Eugénio Manuvacola, que era o representante da UNITA na CIVICOP, disse que o seu partido já apresentou, oficialmente, uma carta aonde ficou manifestada a posição, assumida publicamente, de retira-se da CIVICOP.
Conforme explicou, ao contrário do que disse, recentemente, o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Marcy Lopes, a posição oficial de desvinculação da UNITA da CIVICOP data desde Fevereiro deste ano. Segundo o político, na visão da UNITA, a Comissão de Reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos “desvirtuou ” a sua missão.
27 de Maio é um assunto do MPLA Por outro lado, quanto a ausência da UNITA nas recentes actividades do 27 de Maio, cujo ponto mais alto foi a homenagem prestada às vitimas deste conflito de 1977, o porta-voz do partido do Galo Negro, Marcial Dachala, esclareceu que o problema do 27 de Maio foi uma chacina dentro do MPLA e que, por isso, não vincula o seu partido.
“ É uma questão interna que eles (MPLA) têm de resolver com as famílias afectadas”, disse, acrescentando ainda que a UNITA nunca vai se meter no caso 27 de Maio. De referir que a CIVICOP, coordenada pelo ministro da Justiça e dos Direitos Humanos e composta por membros do Governo, da sociedade civil, igrejas e de partidos políticos com assento no parlamento, foi criada em 2019 pelo Presidente da República, João Lourenço, e está encarregue do plano geral de homenagem às vítimas dos conflitos políticos que ocorreram em Angola entre 11 de novembro de 1975 e 04 de abril de 2002.