O foco da conferência estará virado para a análise de especialistas sobre as razões dos Orçamentos Gerais de Estado (OGEs), durante muitos anos, na visão do ‘galo negro’, não estarem a atender os problemas básicos da população
O governo sombra da UNITA realiza hoje, em Luanda, a sua conferência nacional sobre os desafios económicos e das finanças de Angola, de acordo com a portavoz do evento, Clarice Caputo. Na visão do governo sombra da UNITA, a economia angolana enfrenta mais uma vez uma derrapagem económica que acarreta fortes impactos sociais, com pesadas repercussões no bemestar das populações. A UNITA entende, por isso, que as referidas derrapagens encaram-se nas fragilidades da economia que continua atrelada ao petróleo e como consequência a extrema vulnerabilidade aos choques, dada a volatilidade que caracteriza o mercado mundial do crude.
Segundo a deputada Clarice Ca puto, a UNITA defende ser urgente pôr cobro ao ciclo que tende a retardar o desenvolvimento de Angola. O governo sombra considera que, com um debate alargado envolvendo académicos, investigadores, actores políticos, quadros dos sectores públicos e privados e membros da sociedade civil, pela diversidade de pontos de vista, serve de grande potencial para produzir ideias que podem estruturar soluções para as grandes questões que emperram o desenvolvimento de Angola.
Durante a conferência sobre os desafios económicos de Angola e o Orçamento Geral do Estado, serão abordados temas como a “Estabilidade macroeconómica, erros e acertos”, a ser dissertado pelo economista Fernando Heitor. Estão ainda agendados temas como “A diversificação da economia, mitos e realidade” e “Renda Nacional, a justiça distributiva, o salário e a dinamização da economia”, que terão como prelectores o jornalista Willian Tonet e o economista Daniel Sapateiro, respectivamente.
O governo sombra pretende, com a realização do evento, fazer uma reflexão sobre a situação económica e social actual do país. Pretende ainda propor soluções para promover o crescimento e o desenvolvimento de Angola, numa perspectiva de alternância política. De acordo com Clarice Caputo, o governo sombra está a trabalhar num estudo de análise da proposta do OGE de 2024, para brevemente apresentar a nação a sua visão. Para já, reforçou, o seu partido está preocupado com o elevado nível da dívida externa.