O Grupo Parlamentar da UNITA manifestou, ontem, preocupação com a evolução do surto de cólera no país e, por essa razão, solicitou à presidente da Assembleia Nacional a realização de um debate parlamentar sobre a epidemia para o dia 21 deste mês
Num comunicado, a UNITA refere que a doença, declarada em Luanda no dia 7 de Janeiro último, já resultou em mais de 6.700 casos e mais de 240 óbitos, com uma taxa de letalidade entre 3% e 4% .
As crianças menores de cinco anos são as mais afectadas, e o surto já alastrou-se para 13 províncias além da capital, incluindo o Bengo, Cabinda, Uíge, Zaire, Cuanza-Norte e Sul, Benguela, Huambo, Huíla, Namibe, Cunene e Cuando Cubango.
O partido da oposição atribui a rápida disseminação da doença a factores como o fraco saneamento básico, o consumo de água imprópria, a elevada densidade populacional nas áreas afectadas e a insuficiência dos serviços de saúde.
Para a UNITA, a actual epidemia representa a pior crise de cólera que o país enfrentou nas últimas duas décadas. Diante da gravidade da situação, refere o comunicado, a UNITA exige que o Executivo esclareça as medidas adoptadas para conter a propagação da doença.
O Grupo Parlamentar do “galo negro” sugere a convocação de vários auxiliares do Titular do Poder Executivo para o debate, como os ministros da Saúde, Ambiente, Energia e Águas, Finanças e Administração Pública, Trabalho e Segurança Social. Além disso, a UNITA apela ao reforço das acções de vigilância ambiental, saneamento do meio, educação sanitária e assistência médica e medicamentosa para a população afectada.