Olhando para os desafios políticos, o maior partido na oposição considera que o ano que agora começa será de muitos desafios, esclarecendo que serão lutas por causas justas e nobres, com foco no angolano
O secretário-geral da UNITA, Álvaro Daniel, afirmou que o seu partido não vai desistir do compromisso de ver realizadas as primeiras eleições autárquicas no país, ainda este ano, tal como se tinha prometido, que as mesmas seriam realizadas no ano a seguir as eleições gerais.
Falando à imprensa, Álvaro Daniel fez saber que, para o ano que agora começa, a UNITA perspectiva muitas lutas, esclarecendo que serão lutas por causas justas e nobres, com foco tanto no angolano, que não se realizou bem, como no angolano que não resignou. Olhando para os desafios que têm a ver com as autarquias locais, aquelas que seriam realiza- das um ano depois das eleições gerais, o político referiu que a Nova Divisão Político-Administrativa veio para tentar, mais uma vez, esquivar a realização destas mesmas eleições em todo país.
“Nós vamos insistir para que as eleições autárquicas sejam realizadas em 2023. Não se falou de Divisão Administrativa durante a campanha eleitoral, e vir agora com um elemento como esse parece-nos ser uma forma de distrair os angolanos”, disse. Ainda sobre a Nova Divisão Político-Administrativa que prevê aumentar o número de províncias, de 18 para 20, e o de municípios de 164 para 581, Álvaro Daniel sublinha que não se encontrou, até ao momento, uma resposta satisfatória nem soluções para os vários problemas que vivem os 164 municípios que já existem.
“São problemas de ordem económica, de ordem do desenvolvimento, de urbanismo, de distribuição da riqueza, problemas de comunicação, entre outros, que afligem esses municípios. Estamos a avançar agora para um número maior de municípios. Trata-se de uma forma de distrair os angolanos”, acusou, alegando que o assunto em causa ainda vai suscitar um debate muito sério. Lembrou que o ano de 2022 foi um ano de batalhas e de mui- tas esperanças, mas que veio a tornar-se também num ano de muitas frustrações, já que o povo não viu protagonizada as mudanças qualitativas que tanto almejava, quer na vida política como social dos angolanos.