O secretário provincial da UNITA no Cunene, Torga Pangeiko, defendeu a necessidade de melhoria do sistema de saúde a nível das comunidades, de formas a inverter o quadro, que considera crítico.
Segundo o político, o sector primário da saúde a nível do interior da província é lastimável e carece, urgente, de reformas que contribuam para a qualidade de vida dos cidadãos.
A título de exemplo, Torga Pangeiko apontou o caso de muitos populares que são obrigados a se deslocarem, em longas distâncias, para a capital da província, Ondjiva, com todas as dificuldades inerentes, com vista a resolver pequenos problemas que podiam ser tratados a nível das comunidades.
O político disse que essa situação é extensiva a toda a província, porém, frisou, as localidades de Nehone Cafima, Evale, Tchompolo Oximolo, Môngwa, Humpe, Mucope, Naulila e Ombala yo Mungu são as que carecem de mais unidades.
Doentes transportados por animais
Na sua denúncia, Torga Pangeiko disse ainda que muitos doentes são transportados por animais devido à falta de meios de locomoção nas comunidades carenciadas, situação que faz com muitos vêem o seu estado de saúde degradado em função da condição em que são submetidos.
“Muitos destes cidadãos vivem em zonas sem acesso ou com as vias debilitadas. E a única forma de se locomoverem é com auxílio de animais, e isso tem criado muitos transtornos às populações”, lamentou.
Hospital geral não vai resolver todos os problemas
De acordo ainda com Torga Pangeiko, o Hospital Geral de Ondjiva, a ser inaugurado nos próximos dias, não vai resolver os mais básicos problemas de saúde que as comunidades enfrentam devido à falta de unidades clínicas nas proximidades.
“As populações precisam de hospitais próximos para evitar que se desloquem grandes distâncias. É que os hospitais grandes são necessários, mas não resolvem na totalidade os problemas nas comunidades”, apontou.