O Presidente da UNITA desafiou o Grupo Parlamentar do seu partido a pressionar junto da Assembleia Nacional a aprovação do pacote legislativo autárquico para sua consequente implementação, assim como propõe alteração da Constituição da República no próximo ciclo legislativo
A dalberto Costa Júnior lançou este desafio aos deputados do seu partido quando discursava, ontem, 5 de Outubro, na abertura oficial conferências, no âmbito das XI Jornadas Parlamentares da UNITA, que decorrem desde o passado dia 3, na província de Malanje.
Para o político, a alteração da Constituição da República não visa o alargamento dos mandatos, mas sim travar certas práticas, sobretudo a que chamou de verdadeira separação de poderes.
O líder da UNITA orientou também aos deputados a proporem no próximo ciclo legislavo iniciativas que vão de encontro às expectativas dos cidadãos, apontando a proposta da institucionalização das autárquicas como sendo uma vontade do cidadão e que deve ser respeitada.
Adalberto desafiou igualmente o seu grupo parlamentar a propor uma proposta de revisão do Orçamento Geral do Estado. Segundo disse, há necessidade de aprovação de leis que resgatem os angolanos, considerando ser “o princípio e o fim de qualquer governação”.
“A população está desencantada com o rumo do país, é preciso retirá-la desta situação em que se encontra”, afirmou Adalberto Júnior, salientando que, para isso, é necessário mais trabalho e inteligência da parte de cada parlamentar que integra aquele grupo político no parlamento.
No decorrer do seu discurso, o líder da UNITA não deixou de lamentar o estado de degradação em a província de Malanje aparenta, tanto do ponto de vista da imagem da cidade capital, quanto ao nível de pobreza da população.
Destacou as potencialidades agropecuária e turísticas, água em abundância que, em seu entender, podiam permitir a mecanização agrícola.
“Angola é um desencanto que obriga os jovens a correrem para as embaixadas para imigrarem”, lamentou. Para Adalberto Costa Júnior, as jornadas do Grupo Parlamentar da UNITA não terão valor se os deputados não se empenharem mais.
Por sua vez, o líder do GPU, Liberty Chyaka, reforçou que ,até Sexta-feira, os deputados da também conhecida Frente Patriótica Unida (FPU), força sem legitimação do Estado, farão uma introspecção sobre o que fizeram de positivo no ciclo anterior e projectar os aspectos em que deverão melhorar.
Por: José Zangui, enviado a Malanje