O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, reiterou, Terça-feira, 02, em entrevista aO PAÍS e à Voz da América, em Benguela, que o seu partido não aprovou o Orçamento Geral do Estado para o exercício económico de 2024 por ter uma excessiva percentagem de dívida pública, gerada, na sua óptica, pela contratação simplificada
Adalberto Costa Júnior começou por elencar, entre outros factores, o mecanismo legal de contratação simplificada, para quem esse é um meio de endividamento, daí o seu partido não ter aprovado o instrumento macro- económico de gestão do Executivo. O líder do maior partido na oposição manifesta cepticismo em relação à devolução dos valores por parte de empresas que têm sido beneficiadas do mecanismo da contratação simplificada.
“Verifique mesmo se as devoluções são cumpridas, se os prazos são cumpridos. Se aquilo é um financiamento que vem com benefício dos amigos e de partidos”, desafia. Por essas e outras – refere Adalberto Costa Júnior – é que o seu partido não deu aval ao OGE de 2024, que começou a ser executa- do no dia 2 de Janeiro, segundo o Ministério das Finanças.
O líder partidário, que falava à saída de uma reunião que manteve com os membros do secretaria- do provincial local, sustenta que o documento dispõe de uma série de insuficiências, a começar, desde já, pelo facto de ter sido, inicialmente, prometido dois dígitos para o sector da Educação, quando, na verdade, acabou por receber apenas 6 por cento.
“E nós não temos futuro, se não investirmos na formação. Este é o factor fundamentalmente para um país jovem”, logo, na sua óptica, o OGE devia ter destinado uma percentagem superior à educação.
POR: Constantino Eduardo, em Benguela