O secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política (CPCP) da UNITA considerou o seu líder fundador, Jonas Savimbi, como sendo um nacionalista convicto que marcou a história de Angola.
POR: Ireneu Mujoco
A afirmação vem expressa numa declaração tornada pública ontem, 22, por ocasião do 16º aniversário da sua morte, em combate, no Lucusse, província do Moxico. Segundo o comunicado, Jonas Savimbi tinha Angola como uma constelação de pequenas nações, um mosaico multicultural e a sua única pátria, priorizada acima de todas as coisas. Ao longo da sua vida, segundo ainda a nota, Jonas Savimbi defendeu sempre que a pátria devia ser igual para todos, “servida de forma igual por todos, amada por todos e defendida por todos os seus filhos e beneficiando todos”. Refere ainda que o seu líder fundador dizia que os filhos de Angola deveriam unir-se para juntos construírem uma “Nação, um destino e um futuro comum”.
Democracia participativa
O comunicado acrescenta que Jonas Savimbi tinha a democracia participativa como sendo o seu compromisso político que, na sua públivisão, “nenhuma etnia, nenhum grupo social ou político será bem-sucedido se quiser controlar Angola inteira sozinho”. Foi com base na busca desta unidade que Savimbi decidiu criar, em 1966, a UNITA, como instrumento de luta tanto para a conquista da Independência, como para a construção da Nação angolana, diz ainda o documento. Afirma também que o ex-líder do “Galo Negro” tornou-se no principal artífice e co-fundador da República de Angola e do seu estado democrático de direito, das Forças Armadas Angolanas e da liberdade económica para os angolanos. A nota declara ainda que Jonas Savimbi “comandou exércitos, venceu batalhas, administrou territórios, conquistou poder e geriu milhões, mas nunca traiu a pátria, nunca hipotecou o futuro do país”.
Qualidades
O documento destaca ainda as qualidades do antigo líder da UNITA, como tendo sido um “homem culto, abnegado, um patriota invulgar, um pan-africanista convicto, que marcou o curso da História política de Angola e da África Austral”. Nesta data memorável, de acordo com o comunicado, o Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política(CPCP) “convida todos os angolanos a reflectirem sobre o legado de Jonas Savimbi.
Avança que ele combateu a cultura do medo, da ignorância e da subordinação dos povos africanos à identidade europeia. “Honrar hoje a memória de Jonas Malheiro Savimbi significa estabelecer imediatamente as autarquias locais para permitir o surgimento, nos municípios, de governos autónomos emanados pelo povo”, reforça a nota, que termina dizendo que honrar hoje a memória de Jonas Savimbi significa promover a transformação radical da estrutura da economia política de Angola.