A presidir o acto esteve o Chefe-adjunto da Casa Civil do Presidente da República, Sequeira João Lourenço, em representação do ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, general de Exército Francisco Pereira Furtado.
No seu discurso, destacou a importância histórica da UDP, desde a sua criação por determinação do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, até à sua evolução e adaptação às exigências actuais do cenário militar e político do país.
“A história da Unidade de Defesa Presidencial é longa e permeada por realizações honrosas”, afirmou. Sequeira Lourenço reconheceu os desafios enfrentados pela unidade, mas sublinhou que, apesar das dificuldades, a UDP tem cumprido exemplarmente a sua missão, demonstrando elevada capacidade de superação e preparação combativa.
Para o reforço dessas capacidades, destacou a necessidade de investimento em infra-estruturas, armamento e formação contínua dos efectivos, além da criação de um Sistema Integrado de Formação para a Unidade de Defesa Presidencial e outras unidades de segurança.
Salientou ainda a importância das Forças Armadas Angolanas (FAA) na defesa da soberania e integridade territorial, com a UDP a desempenhar um papel crucial na protecção do Presidente da República e na garantia da liberdade de actuação do Chefe de Estado.
Compromisso e preparação dos efectivos Por sua vez, o Comandante da Unidade de Defesa Presidencial, Mário Neto, sublinhou a relevância do órgão que dirige no contexto da segurança nacional.
O tenente-general lembrou que a UDP, criada em 1976 sob a orientação do saudoso Presidente Neto, mantém a missão inalterada de garantir a segurança e protecção do Presidente da República.
“Não são as designações que construíram a história desta unidade, mas a essência da sua missão”, disse o comandante, referindo-se à evolução da UDP ao longo dos anos.
Mário Neto reiterou o compromisso da unidade em manter elevados níveis de organização, disciplina e prontidão, assegurando que a UDP continuará a trabalhar para melhorar as condições sociais e materiais dos seus efectivos, reforçando a preparação combativa e a educação patriótica.
Reconhecimento e homenagens A cerimónia também foi uma oportunidade para homenagear aqueles que contribuíram para a criação e consolidação da UDP.
O actual comandante da unidade agradeceu o apoio contínuo da Casa Militar do Presidente da República e destacou o papel dos oficiais, sargentos, praças, marinheiros e trabalhadores civis da UDP, que, segundo ele, “têm cumprido exemplarmente as suas missões e tarefas”.
Além disso, o comandante pediu uma homenagem especial àqueles que ajudaram a construir o legado da unidade e que continuam a ser um exemplo para as futuras gerações.
Desafios futuros
Apesar das conquistas, tanto o chefe-adjunto da Casa Militar como o Comandante da UDP reconheceram a necessidade de melhorias contínuas, especialmente no que diz respeito à infra-estrutura e aos equipamentos.
O rejuvenescimento do pessoal, o aperfeiçoamento técnico e a garantia do bem-estar dos efectivos foram apontados como áreas prioritárias para assegurar a continuidade do sucesso da UDP.
A cerimónia encerrou-se com uma nota de optimismo e determinação, reforçando o compromisso da UDP com a defesa da pátria e a protecção das suas instituições.
Roteiro do trabalho Chefe-adjunto da Casa Militar do PR à UDP
No período da manhã, durante a sua curta passagem pelo comando principal da UDP, futungo, o chefe-adjunto da Casa militar visitou três importantes infra-estruturas que estão a ser construídas de raiz, nomeadamente uma sala operativa, uma capela destinada à realização de cerimónias fúnebres, e um ginásio para os efectivos da unidade.
Estas obras visam aprimorar as condições de trabalho e apoio aos membros da UDP, reflectindo o compromisso contínuo com a modernização e bem-estar da tropa.
Após a visita ao futungo, a comitiva seguiu para a Base militar da UDP, no Benfica, onde ocorreu o acto central das comemorações. No local, foram realizadas demonstrações militares de exercícios tácticos de defesa pessoal, especialmente para situações de obstrução à caravana presidencial. Houve também um desfile dos meios técnicos à disposição da unidade, exibindo o equipamento e as capacidades operacionais da UDP.
Homenagens
outro destaque do evento foi a homenagem aos antigos comandantes da UDP. Entre os homenageados, estiveram o tenente-general reformado António Magalhães, o primeiro comandante da UDP; o tenente-general reformado Alfredo Tyaunda, que liderou a unidade por 41 anos; o subcomissário reformado Gabriel fukamena, que actuou como o primeiro chefe de Estado-maior da unidade; e o brigadeiro reformado Luís Candamba, antigo segundo comandante da UDP.
As homenagens foram o reconhecimento do papel central que estes líderes desempenharam na construção e fortalecimento da UDP ao longo de décadas.