A esse respeito, surgiram dúvidas de uns, receios de outros, cepticismo e , se mais a fundo formos, houve quem desacreditou em relação aos bastidores diplomáticos que estavam a correr e que, da parte americana e sob o seu consulado, o embaixador Tulinabo Mushingi veio a terreiro confirmar este facto inédito, que hoje vem a concretizar-se, numa altura em que os dois países assinalam 30 anos de cooperação bilateral.
O homem de que se fala foi no- meado pelo Presidente Biden a 19 de Abril de 2021, e confirmado pelo Senado dos EUA a 18 de Dezembro de 2021. Antes da sua nomeação , Mushingi serviu como embaixador no Senegal e na Guiné- Bissau de 2017 a 2022 e como embaixador em Burkina Faso de 2013–2016.
O Embaixador Mushingi também actuou como secretário Executivo Adjunto na Secretaria Executiva e Director Executivo do Escritório Executivo da Secretaria de Estado de 2011 a 2013. Também serviu como Chefe de Missão Adjunto na Embaixada dos Estados Unidos na Etiópia de 2009 a 2011.
O Embaixador Mushingi serviu em Kuala Lumpur, Malásia; Maputo, Moçambique; Casablanca, Marrocos; Dar es Salaam, Tanzânia; no Escritório de Inteligência e Pesquisa; no Escritório de Assuntos de Organização Internacional e no Escritório de Recursos Humanos, tendo ganhado inúmeros prémios pela sua capacidade de liderança, considerada pela crítica como sendo excepcional.
Desempenhou igualmente funções no Instituto de Serviço Exterior de 1989 a 1991, co-supervisionou uma das maiores secções de idiomas da FSI. Trabalhou para o Corpo de Paz dos Estados Unidos em Papua-Nova Guiné, República Democrática do Congo, Níger e República Centro-Africana, foi professor visitante no Dartmouth College e leccionou na Howard University. O Embaixador Mushingi recebeu um Ph.D. da Universidade de Georgetown e um M.A. da Universidade de Howard.
A sua passagem por Angola fica registada por ser no seu consulado que confirmou a visita de Biden ao país, no quadro do aprofundamento da cooperação, que evoluiu para diferentes domínios. Tulinabo Mushingi, numa das visitas à Cidade Alta, em que foi recebido pelo Presidente da República, realçara que a escolha do Presidente Joe Biden para visitar Angola não era aleatória, sendo certo que a data estava a ser tratada pelos canais diplomáticos, embora tivesse sido adiada a primeira tentativa agendada inicialmente para os 13 e 15 de Outubro devido à intensidade do furacão Milton e lidar com as acções de socorro desencadeadas após o furacão Helen.
“Dada a trajectória e força projectadas do furacão Milton, o presidente Biden decidiu adiar a sua próxima viagem à Alemanha e Angola, a fim de supervisionar os preparativos e a resposta a este furacão e ainda aos impactos do furacão Helen em todo o sudeste do país”, podia-se ler na nota explicativa do Departamento de Estado da Casa Branca a esse respeito.
Passado esse impasse, a Casa Branca indicara nova data, que hoje se concretiza, numa altura em que assinala o interesse de ambos os países estarem a trabalhar em vários “desafios urgentes”, entre os quais as questões de infra-estruturas, o reforço da paz e da segurança e ainda a melhoria da segurança alimentar, num feito que fica a marca indelével do embaixador Tulinabo S.