O Tribunal da Comarca do Benfica, em Luanda, retoma, hoje, o julgamento dos 21 jovens acusados pelo Ministério Público (MP) de vandalização de bens públicos em Janeiro de 2022, soube o OPAIS. Os jovens são acusados de terem destruído o Comité de Acção do MPLA, no distrito urbano do Benfica e de incendiarem um autocarro do Ministério da Saúde aquando da greve dos taxistas.
Dados disponíveis indicam que, dos 21 arguidos ar- rolado no processo, sete estão em prisão preventiva e 14 em liberdade sob termo de identidade e residência. Inicialmente, eram 22 arguidos, mas um dos 15 que aguardavam em liberdade faleceu o ano passado. O início do julgamento aconteceu no dia 24 de Janeiro deste ano, na 14.ª secção da sala dos crimes comuns do Tribunal do Benfica, estendeu-se até ao princípio da noite, e ficou marcado, naquele primeiro dia, pelas questões prévias e pela leitura da acusação.
Os acontecimentos de 10 de Janeiro ficaram marcados pelos piores motivos com a destruição de bens públicos no decorrer da manifestação dos taxistas que, naquele dia, parou Luanda. Diante das várias vozes que repudiaram o acto, o Bureau Político (BP) do MPLA condenou a ocorrência, tendo considerado que serviu de pretexto para a prática de actos de terror, que redundou na vandalização de bens públicos e privados, incitação à desobediência, na tentativa da sub- versão do poder democraticamente instituído.
Em comunicado tornado público, no final da primeira reunião ordinária do Secretariado do Bureau Político do MPLA, orientada pelo presidente do partido, João Lourenço, na sede nacional da organização, o Secretariado do BP do MPLA considerou “deplorável e irresponsável” tais actos, que alteraram a ordem pública nalgumas partes da cidade capital. Os membros do Secretariado do Bureau Político reiteraram a condenação ao acto de rebelião, que também pôs em risco a segurança física e a vida de muitos cidadãos, em particular de profissionais da Saúde e da Comunicação Social, para os quais endereçou a sua solidariedade.