O anúncio é do ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, quando falava hoje aos jornalistas no final de uma visita de trabalho ao Canadá. Segundo o ministro, a nova operadora vai dar a possibilidade à formação de pilotos, mecânicos, assistentes de bordo, entre outros, por ser uma condição que tem afectado a nossa indústria aeronáutica nos últimos tempos, devido à crise financeira que se tem vivido.
TAAG vai liderar o consórcio A TAAG será líder do consórcio que vai operacionalizar o transporte aéreo doméstico e integrará os operadores aéreos privados do país. O titular dos Transportes reforçou a ideia de que a operadora representará uma mais-valia para os objectivos da Companhia Aérea de Bandeira. A nova operadora de transporte aéreo poderá funcionar com aeronaves do tipo Q-400, com um custo operacional baixo, sendo por isso, uma turbohélice com performances adequadas a qualquer aeródromo existente no país.
Esta posição irá corrigir erros de vários anos, em que foram utilizadas aeronaves do tipo Boeing 737-700 para voos curtos e de pouca procura, o que contribuiu, de forma manifesta, para os resultados financeiros negativos da companhia de Bandeira Nacional, segundo argumentou o ministro. Para o governante, estão identificados os meios e equipamentos que vão dinamizar a actividade comercial, visando em primeira instância encurtar as distâncias entre as regiões do nosso país, a preços baixos, competitivos e conformar todos os pressupostos inerentes às normas internacionais da aviação civil.
Angola não desiste de ser um ‘hub’ regional
O ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, concluiu esta semana o seu programa de trabalho no Canadá, no quadro da dinamização do sector aéreo angolano. Em Montreal, na sede da Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO), Augusto Tomás reuniu-se com o presidente desta instituição, o nigeriano Olumuya Bernard Aliu, com quem analisou questões ligadas à implementação efectiva das normas e práticas recomendadas pela ICAO em Angola.
Ao presidente da ICAO, o governante angolano reafirmou o engajamento de Angola no cumprimento do plano de acções correctivas, tendentes a elevar o seu nível de implementação efectiva das regras recomendadas da aviação civil internacional. Solicitou a esta organização todo o apoio necessário, dentro do lema instituído de que “nenhum país deve ficar para atrás”.
O titular dos Transportes constatou igualmente as potencialidades do fabricante de aeronaves do tipo Bombardier Q-400, com sede e representação nas cidades de Montreal e Toronto. “Trata-se de um tipo de aeronave que tem sido utilizado com sucesso na actividade comercial aérea em vários países do continente africano”, frisou
. A presença do ministro Augusto Tomás, num dos principais centros de fornecimento de equipamentos aéreos, enquadra-se na estratégia do Executivo angolano que visa tornar o país num “hub” regional da actividade comercial aérea.
A TAAG constitui um dos principais integrantes do projecto, transportando passageiros de vários pontos da região, canalizando-os para os voos de ligação intercontinental. Já na cidade de Otawa, Augusto Tomás,visitou as instalações do consórcio Intelcan Technosystems Inc, onde constatou “in loco” uma variedade de equipamentos e sistemas de ajuda à navegação aérea. Todo este trabalho que levou o ministro Augusto Tomás ao Canadá surge para atender à implementação da segunda fase do Programa de Gestão e Controlo do Espaço Aéreo Civil (PGCEAC) em Angola, uma vez que a ICAO recomenda que os países devem estar dotados de meios capazes de garantir a segurança da navegação.
Augusto Tomás chefiou uma delegação do sector dos Transportes, que integrou o director-geral do Instituto Nacional da Aviação Civil, Rui Carreira, o administrador da Enana para navegação aérea, Miguel Gabriel, e ainda o comandante Américo Borges, administrador da TAAG.
Reforço da organização do sistema aeroportuário
A deslocação do ministro ao Canadá, acontece numa altura em que o sector dos Transportes surge cada vez mais empenhado em trabalhar no reforço da organização do sistema aeroportuário nacional, nos meios técnicos e humanos e na aposta de uma rigorosa adequação dos mesmos às recomendações dos reguladores, às necessidades do mercado e às melhores práticas internacionais.
A gestão do sector da aviação civil é um dos instrumentos mais poderosos que Angola dispõe para impulsionar o seu desenvolvimento e avançar na senda de uma economia cada vez mais vigorosa e diversificada.