O porta-voz do Ministério do Interior (MININT), Simão Milagres, assegurou ontem, em Luanda, que o Serviço de Migração e Estrangeiros está tecnicamente preparado para receber o fluxo migratório proveniente de outros países
Por: Maria Custódia
Simão Milagre declarou, em exclusivo a OPAÍS, que o Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) está tecnicamente preparado para receber o fluxo migratório vindo de países com os quais Angola tem acordos já rubricados, e são fruto de uma cooperação que já decorre há algum tempo.
“Ao nível dos aeroportos e das fronteiras, o SME está preparado e continua a preparar-se, à luz dos futuros acordos que eventualmente o país possa accionar em matéria de supressão ou facilitação de vistos”, apontou. O responsável reconheceu ainda que os aviões, quer no momento de partida como no de regresso, têm registado algum movimento de passageiros estrangeiros, e que os hotéis se obrigam a comunicar ao SME, diariamente, o número de hóspedes que recebem.
Quanto ao cumprimento dos acordos de supressão de vistos, avançou que as viagens são de 30 dias e que as pessoas não podem ficar acima de 90 dias no outro país. “A supressão e a facilitação de vistos em passaportes ordinários acarreta ganhos, porque vai facilitar os povos a deslocarem-se de um lado para o outro.
A carteira comercial que Angola mantém, de um tempo a esta parte, pode eventualmente vir a aumentar”, frisou. Milagres disse ainda que o país tem, com Moçambique e a África do Sul, uma relação estreita, assim como com a China, que tem estado a participar no processo de reconstrução nacional nos últimos 15 anos.
Angola assinou recentemente acordos de supressão de vistos em passaportes ordinários com a África do Sul e Moçambique.
No passado Domingo (14) rubricou, com o gigante asiático, um acordo de facilitação de vistos em passaportes ordinários. Este último acordo visa agilizar os mecanismos de concessão de vistos sobretudo para empresários, académicos e investigadores de várias áreas do conhecimento, desportistas de alta competição, agentes culturais e cidadãos com necessidade de tratamento médico.
Os dois países já tinham assinado um acordo de supressão de vistos em passaportes diplomáticos e de serviço que está em vigor.