A propósito do diferendo judicial sobre a titularidade do semanário Novo Jornal, o Sindicato dos Jornalistas Angolanos, em nota pública a que OPAÍS teve acesso, manifesta-se preocupado com o ambiente de trabalho a que estão sujeitos os jornalistas daquela publicação.
“Sem qualquer pretensão de intromissão na questão judicial, a preocupação do SJA assenta na possibilidade de este ambiente inibir a liberdade dos jornalistas e a independência do próprio Jornal, o que seria, em última instância, um ataque ao jornalismo plural, sem o qual não se pode falar em Liberdade de Imprensa”, lê-se no documento.
O mesmo documento dá ainda nota que o país ainda não se curou do desaparecimento dos diversos jornais privados, adquiridos e encerrados, inexplicavelmente, e a possibilidade de os jornalistas do Novo Jornal ficarem afectados na sua liberdade e independência é, a todos os títulos, um prejuízo para a nossa democracia.
Assim, o Sindicato dos Jornalistas Angolanos espera que a primeira vítima da querela judicial não seja a independência do Jornal e a liberdade dos seus jornalistas. Por outro lado, em comunicado, a direcção do Grupo Nova Vaga esclarece que, contrariamente ao que tem sido veiculado, foi apenas decretada uma providência cautelar, de natureza provisória, que determinou a suspensão do exercício de funções ao senhor Emanuel Madaleno como administrador único e de presidente do conselho de administração das sociedades comerciais, Wyde Capital, SA e New Media Angola, SA, respectivamente, que foram titulares da propriedade Novo Jornal.