Sob presidência do primeiro-ministro do denominado Governo Sombra da UNITA, Raúl Tati, realizou-se nesta Segunda-feira, 4, a IV sessão ordinária do seu Conselho de Ministros, tendo este partido considerado que a situação política, social e económica do país agravou-se um ano depois da realização das últimas eleições
Além de se ter debruçado sobre aspectos relacionados a sua organização e funcionamento, assim como ter perspectivado as suas acções para os próximos três meses, a UNITA, através do seu auto-denominado Governo Sombra, depois de analisado a situação política, económica e social do país, concluiu que ela continua a deteriorar-se dia após dia.
Entre as causas, estão as constantes subidas dos preços dos produtos que compõem a cesta básica e a mais recente medida do Governo angolano que permitiu o aumento em 10% sobre o valor da propina para as instituições de ensino privado. Para UNITA, um ano após a realização das eleições, a situação do país é caracterizada por instabilidade, incertezas e indifinições que afectam as esferas politica, económica e social, reme-tendo os angolanos a um estado persistente sofrimento que parece não ter fim à vista.
Por essa razão, o seu auto-denominado Conselho de Ministro defende, à semelhança do seu Grupo Parlamentar que o Presidente da República, João Lourenço, enquanto Titular do Poder Executivo, continua a violar as normas elementares da Constituição e da Lei e por isso apoia a tentativa de destituição, nos termos do artigo 129º, da Constituição da República de Angola.
O quadro acima narrado demostra que o Presidente da República, segundo o Governo Sombra da UNITA, demitiu-se do compromisso assumido que é o de de- fender a paz, a democracia e pro- mover a estabilidade e o progresso social de todos os angolanos. Uma outra situação analisada pela UNITA nesta reunião tem a ver com o trabalho que está a ser desenvolvido pela Comissão de reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos (CIVICOP), cujas acções estão a ser divulgadas pela imprensa, ao que consideram como sendo promotoras de ódio e não de reconciliação nacional, objecto pelo qual foi criada a comissão.
O auto-denominado Conselho de Ministro do aludido Governo Sombra da UNITA diz, por outro lado, estar a acompanhar com grande interesse os últimos desenvolvimento da geopolítica, com destaque para a situação no continente africano, referindo-se aos golpes de Estado protagoniza- do por militares, sendo o caso mais no Gabão, em que foi de- posto o Presidente Ali Bongo.
No entanto, para hoje está reservada uma comunicação à nação que será proferida pelo presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, cujo conteúdo e o mote sobre o qual incide a sua locução nada foi avançado pelo seu pelouro que lida com a imprensa.
POR: José Zangui